Não gaste grana à toa: veja dicas para comprar uma pulseira fitness
As pulseiras fitness, também conhecidas como pulseiras inteligentes ou smartbands, podem ser um incentivo a mais para a a atividade física. Dependendo do modelo, acessórios como esses são capazes de medir a distância percorrida, frequência cardíaca e calorias gastas. Alguns dispositivos funcionam também como relógio despertador e, por meio de aplicativos no celular ou no computador, oferecem monitoramento da qualidade do sono.
Como deu para ver, os recursos são variados, mas é preciso analisar bem o que você precisa/irá usar antes de abrir a carteira.
Para ajudar você a escolher o melhor modelo de pulseira fitness, conversamos com quem manja do assunto:
- Roberto Lohn Nahon, diretor da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte)
- José Marques Novo Júnior, professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), onde coordena o Lietec (Laboratório de Inovação e Empreendedorismo em Tecnologia Assistiva, Esporte e Saúde).
1. Não compre se não tiver o básico
De acordo com os entrevistados, existem funções que não podem faltar numa pulseira fitness para que ela traga algum benefício. Como existem diversos modelos sendo vendido por aí (originais e falsificados), o dispositivo precisa, no mínimo:
- Monitorar frequência cardíaca
- Medir o gasto calórico
- Identificar a distância percorrida
"Com esses dados, já é possível entender muito da reação do corpo a um treinamento e quantificar o treinamento. A partir desses dados, é, muitas vezes, interessante a capacidade de medir o deslocamento, principalmente para quem treina em locais sem medidas exatas de distância", diz Nahon.
O professor José Marques alerta que antes de investir em uma pulseira fitness é importante verificar o status de atualização do sistema operacional usado pelo dispositivo. Não valerá a pena comprar um produto ligado a um aplicativo de controle de dados que já não existe mais, por exemplo.
2. Escolha de acordo com o treino
A melhor pulseira inteligente é aquela que combina com o seu objetivo e com a(s) modalidade(s) que você treina.
"Encontre aquela que satisfaça o mínimo do que você precisa. Muitas vezes você paga um absurdo, mas usa apenas as funções de uma pulseira de R$ 100. Tudo depende do que você precisa", diz José Júnior.
Um praticante de natação, por exemplo, vai precisar de um acessório à prova d'água. Se for para caminhada ou corrida, é preciso ser resistente ao suor. Verifique se a contagem de passos ou ciclos inclui o esporte que você faz.
"Cada esporte tem sua especificidade. Quanto mais relacionado a performance, maior a colaboração de cada novo dado", afirma Nahon.
3. Medição deve ser confiável
Quanto mais dados, maior a chance de conhecermos a resposta do corpo a um estímulo e melhor a adequação do exercício, explicam os especialistas ouvidos por Tilt. Por isso, é fundamental que a pulseira fitness capture dados com precisão e que o aplicativo vinculado a ela também ofereça informações claras.
Nahon explica que essas informações são fornecidas pelos fabricantes. Você também pode fazer pesquisas em plataformas que reúnem comentários de consumidores.
O professor José Júnior acrescenta que, quando a pulseira fitness é usada juntamente com outro aparelho, como uma cinta torácica, por exemplo, a confiabilidade dos dados registrados é ainda maior. Fique de olho então em potenciais dispositivos que possam ser usados em conjunto com a sua smartband.
E vale a pena lembrar que esses medidores são avançados, mas não são recomendados para identificar doenças graves, como um infarto. Por isso, ao sentir algum sintoma, procure um médico.
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