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A cada 8 segundos, um brasileiro sofre tentativa de fraude; proteja-se

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Imagem: Shutterstock

Thaime Lopes

Colaboração para Tilt, em São Paulo

11/09/2021 04h00

Você tem ideia de quanto tempo leva para um brasileiro sofrer ao menos uma tentativa de fraude? No primeiro semestre de 2021, esse tempo foi de apenas 8 segundos. É o que mostra dados divulgados pela empresa de dados de crédito Serasa Experian recentemente.

De acordo com seu levantamento, intitulado de Indicador de Tentativas de Fraude, isso representa quase 2 milhões de tentativas no período, uma alta de 15,6% em relação aos seis primeiros meses de 2020. O número é o mais alto já registrado desde 2011.

A maioria dos golpes destacados pelo levantamento ocorre a partir do uso de documentos falsos (que podem ser clonados de pessoas que realmente existem) ou roubados. A partir disso, os criminosos compram celulares, automóveis, abrem conta no banco, emitem cartão de crédito (gastam em nome da vítima) e até podem abrir empresas para ajudar em outros golpes.

Tentativas de fraude - Serasa Experian - Serasa Experian
Imagem: Serasa Experian

Esse alto índice é resultado direto da mudança de comportamento digital acelerada pela pandemia de covid-19 e medidas de distanciamento social, afirmou Jaison Reis, diretor de soluções de identidade e prevenção de fraudes da Serasa Experian, no comunicado divulgado pela empresa. Com mais transações sendo feitas, mais golpistas tentaram surfar na onda.

O Sudeste foi a região do país que mais registrou tentativas de fraude, passando de 1 milhão. A maior variação no período avaliado, entretanto, veio do Nordeste, com 20,9%.

As principais tentativas de golpe, segundo o Serasa Experian, aconteceram no ramo financeiro, mas o setor que teve mais alta em comparação com 2020 foi o varejo, com crescimento de 89,5% nos números (167 mil). Telefonia e serviços já mostraram queda no índice, com 79 mil e 258 mil tentativas de fraude, respectivamente.

Como reduzir o risco de golpes

Além da troca regular de senhas, outras atitudes também ajudam a se manter protegido no ambiente digital. Confira algumas dicas:

  • Vai fazer uma transação financeira em um site? Verifique se ele é seguro e se você está realmente acessando a plataforma oficial (o ícone de cadeado que aparece na barra de endereço do navegador é um bom indicador de segurança);
  • Use senhas fortes, com caracteres especiais, misturando letras e números -- sem informações pessoais -- em todos os serviços digitais que tiver cadastro. Não se esqueça de criar combinações seguras também para cartões de débito e crédito;
  • Não repita a mesma senha para mais de um site ou app;
  • Sempre que possível, ative o segundo fator de identificação (aquele mecanismo que para fazer login é necessário receber um código adicional no email, via SMS ou app para liberar acesso a plataforma);
  • Acompanhe rotineiramente extratos bancários e do cartão de crédito. Notou algo suspeito, entre em contato com o seu banco;
  • Nunca passe senhas e códigos recebidos por email ou telefone;
  • Fique atento aos emails recebidos. Mensagens oficiais de empresas (principalmente as grandes) normalmente usam o nome da marca, e não informações genéricas ou domínio de emails gratuitos, como Hotmail e Gmail, por exemplo.
  • Recebeu uma mensagem no WhatsApp de alguém pedindo dinheiro? Desconfie! Ligue para a pessoa que supostamente enviou o pedido e confirme se a história é verdadeira.

*Colaborou Renata Baptista