10 coisas que rolaram no lançamento do 1º iPhone e não acontecem mais
Se você não acompanhou, pelo menos deve ter ouvido falar que um novo iPhone foi lançado ontem — com preços que variam de R$ 6.599 a R$ 15.499. Como nos anos anteriores, a Apple preparou um grande evento para apresentar a sua linha iPhone 13 e outros produtos. Na liderança da apresentação, estava Tim Cook, presidente executivo da empresa.
Ele assumiu o papel de conduzir os eventos da Apple há 10 anos, quando Steve Jobs, um dos fundadores da companhia, precisou deixar o seu tradicional posto por conta de um câncer — ele faleceu no dia 5 de outubro de 2011, um dia depois do lançamento do iPhone 4S. Com estilos e personalidades bem diferentes, Cook precisou convencer os fãs da marca de que ele também conseguia ser um bom apresentador.
Os mais nostálgicos devem se lembrar de que Steve Jobs era muito showman, os holofotes o amavam. Ele popularizou na história da tecnologia a clássica frase "One More Thing" (mais uma coisa, em português), que deixava para o final o lançamento de produtos de destaques da Apple. Cook já se mostrava mais tímido no palco, mais reservado (na vida também).
Em um exercício de resgate histórico, Tilt decidiu relembrar como foi o lançamento do primeiro iPhone, em 2007, e compará-lo com as novidades da 13ª geração, lançada ontem. A tecnologia avançou, fez o iPhone ficar cada vez mais sofisticado, e a forma de apresentar o produto também mudou bastante. Confira 10 coisas que rolaram no passado e não acontecem mais.
1. Quem sabe faz ao vivo
O próprio Steve Jobs testou o iPhone durante o evento. Ovacionado pela plateia — num mundo ainda muito distante de viver uma pandemia —, ele conectou o telefone num telão e mostrou ali mesmo como usar as ferramentas do dispositivo que iria revolucionar a telecomunicação.
Como bom orador, Jobs fazia muitas piadinhas durante a apresentação, queria mostrar o quão simples, fácil e divertido era usar um iPhone. Foi aplaudido, as pessoas riam de suas piadas e curtiram cada comentário e cada momento da apresentação do fundador da Apple.
Na apresentação deste ano, nada do Tim Cook manuseando um dos celulares iPhone 13 em mãos. Nada de plateia ao vivo e calor humano por conta da covid-19.
2. Sem apps
No início dos anos 2000, os celulares tinham apenas um propósito: fazer ligações. Quando o primeiro iPhone surgiu, em 2007, os smartphones que já tinham evoluído com conexão com a internet e cumpriam algumas funções, como acessar emails, navegar na internet, tirar fotos e checar um calendário.
O celular da Apple também tinha essas mesmas funções, mas de uma forma muito mais simples e esteticamente melhor. Ainda não havia um mercado de aplicativos, as redes sociais estavam engatinhando, então não tinha muito o que fazer com um celular além do básico: acessar alguns sites por meio do navegador, que no iPhone era o Safari, checar emails, tirar fotos e olhar o calendário.
O grande diferencial do primeiro iPhone era que, além de acessar internet e fazer chamadas, ele também funcionava como um iPod, dispositivo popular de músicas da época.
Em 2007, os streamings de áudio e de vídeo estavam muito longe de existir, então a única forma de ouvir música e assistir vídeos remotamente era ter um aparelho separado só pra isso. O iPhone não criou um app de música, mas juntou a usabilidade de dois dispositivos em um só.
Pula alguns anos... Por falar em aplicativo, a linha iPhone 13 hoje tem uma infinidade de aplicativos disponíveis para uso. Jogos, plataformas de compras, entretenimento, atividade física, despertador e muito mais. São programas que já fazem parte do dia a dia das pessoas há um tempo. O mercado só tem a crescer.
3. Tela 'grande'
O primeiro iPhone tinha 3,5 polegadas (8,89 cm) e ele cabia na palma da mão. Para efeitos de comparação, o iPhone 13 Mini, que é o menor da nova linha, tem 5,4 polegadas (13,71). O maior da geração de 2021 tem 6,7 polegadas (17 cm). Então, se sua mão for pequena demais, você que lute.
Em 2007, não existia também essa moda de lançar vários celulares juntos. Só na terça-feira foram apresentados quatro: iPhone 13 mini, iPhone 13, iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max.
4. Câmera de 2MP
Uma das grandes novidades do iPhone 13 é uma câmera de altíssima resolução. Ele consegue fazer fotos de detalhes mínimos e gravar vídeos em qualidade de cinema. As câmeras traseiras têm duas, três lentes.
Em 2007, o iPhone tinha apenas uma lente e a câmera era de 2MP. Pouca gente usava de fato o celular para tirar fotos porque a qualidade era ruim, o lance era ter uma câmera digital. O analógico já começava a cair em desuso, mas foi uma era de ouro das selfies no espelho segurando uma cybershot.
5. A canetinha
Steve Jobs odiava a canetinha. Durante a apresentação do iPhone 1º, ele fez até uma piadinha: "quem quer uma caneta?" e soltou o verbo sobre as maravilhas dos dedos humanos.
Em 2021, a concorrência aposta na caneta em celulares com telas maiores, como a linha Galaxy Note, da Samsung. A própria Apple também tem sua Apple Pencil que serve para os iPads.
6. Pouca bateria
É um consenso que a bateria do iPhone dura pouco para o preço que o celular custa. Essa é uma das maiores reclamações dos clientes da Apple, que vivem com o celular na tomada. Nesta última versão, a empresa apresentou melhorias na bateria dos iPhones, elas duram pelo menos 1 hora e meia a mais do que as versões de 2020.
O primeiro iPhone, no entanto, tinha uma bateria lamentável. Se você usasse direto o aparelho conectado na internet e fizesse ligações constantemente, ela durava apenas 5 horas. Se você usasse apenas para ouvir música, chegava a ter 16 horas garantidas de entretenimento.
7. Participações especiais
Nos últimos anos, a Apple tem focado em chamar funcionários da empresa para apresentar as novidades no evento de lançamento junto com Tim Cook. Em 2007, Steve Jobs chamou ao palco dois presidente executivos de outras companhias para fazerem uma participação especial: do Google e do Yahoo.
A Apple ainda não havia desenvolvido seu próprio app de mapas, então ela realizou uma parceria para ter o Google Maps no iPhone. Eric Schmidt, executivo do Google, subiu ao palco para falar da novidade da época.
O "Gmail de 2007" era o Yahoo Mail, todo o mundo usava esse serviço de emails. A empresa era uma das maiores fornecedoras no mundo do serviço. Por isso, a Apple firmou uma parceria também com o Yahoo.
No lançamento, o presidente executivo Jerry Yang também fez uma participação especial. Ele abraçou Jobs no palco e falou sobre como eles conseguiram garantir o acesso ao email da plataforma no iPhone.
8. Cores
Se hoje existem infinitas opções de capinhas coloridas para o iPhone, há 14 anos não era bem assim. O primeiro iPhone era preto e prata na parte de trás.
Hoje, a Apple lança os aparelhos em várias cores para todos os gostos.
9. Memória curta
As novas versões do iPhone 13 são vendidas com no mínimo 128GB de memória e no máximo 1TB. Em tempos mais simples, o primeiro iPhone vinha com míseros 4GB ou 8GB, e sem espaço para cartão de memória, o que tornava impossível expandir o espaço.
Na época, isso era suficiente, já que não existiam aplicativos pesados nem fotos ou vídeos muito grandes para serem guardados no celular. Hoje, 128GB é o mínimo que um cliente da Apple precisa para viver bem com um iPhone, né?
10. Preços
Em 2007, o iPhone era vendido por US$ 499 (4GB) ou US$ 599 (8GB). Um iPhone de 2021 custa entre US$ 399 e US$ 999 nos EUA. Por aqui, com o dólar nas alturas, passando dos R$ 5, os valores ficam entre R$ 6.599 e R$ 15.499.
Mas, já diz o ditado, quem converte, não se diverte.
Se a gente fosse pagar um iPhone de 2007 na conversão daquela época, ele sairia por R$ 963,07. O dólar custava R$ 1,93 em junho, quando o primeiro iPhone foi lançado mundialmente. Hoje, parece o preço médio de um celular razoável.
No Brasil, foi vendido entre R$ 1 mil e R$ 2.600, dependendo da operadora. Na época, cada uma vendia a um preço, de acordo com o plano que o cliente adquiria.
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