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Durou pouco o plano de Zuckerberg de não pedir mais desculpas no Facebook

Mark Zuckerberg durante depoimento ao Congresso dos EUA em 2019 - Saul Loeb/AFP
Mark Zuckerberg durante depoimento ao Congresso dos EUA em 2019 Imagem: Saul Loeb/AFP

Nicole D'Almeida

Colaboração para Tilt, em São Paulo

05/10/2021 16h47

Algumas semanas atrás, vieram à tona detalhes sobre Projeto Amplify, a nova estratégia criada pelo Facebook para rebater acusações e críticas na mídia. A ideia era melhorar a imagem da rede social —e de seu fundador, Mark Zuckerberg— e para isso a empresa ia parar de ficar constantemente pedindo desculpas pública em posts da rede social. A estratégia, revelada por uma reportagem do jornal americano The New York Times, durou bem pouco.

Nesta segunda-feira, diante de uma pane global das plataformas, o conglomerado dono de Facebook, WhatsApp e Instagram precisou pedir "sinceras desculpas" por todos os lados. Começou no Twitter, já que o resto saiu do ar, mas logo que as coisas foram reestabelecidas, veio um post de Zuck em seu perfil no Facebook, junto com explicações do CTO (chefe de tecnologia), Mike Schroepfer.

"Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger estão voltando online agora. Desculpem-nos pela interrupção de hoje — eu sei o quanto vocês confiam em nossos serviços para ficarem conectados com as pessoas de quem gostam", afirmou.

Não é de hoje que a empresa tenta, aos trancos e barrancos, se comunicar melhor. A ideia do Projeto Amplify era modificar o algoritmo do Facebook para dar mais espaços a "notícias boas" sobre a rede social e posts da própria empresa, além de responder aos ataques. A conta de Zuckerberg também passou a publicar memes e lançamentos de produtos, deixando de lado os pronunciamentos sobre casos polêmicos.

De acordo com a reportagem do NYT, o processo começou em janeiro e teria envolvido executivos e equipes das áreas de marketing, comunicação, política e integridade.

Deu no que deu.

Hoje (5), Zuckerberg já mudou de assunto e decidiu parabenizar os cientistas da Biohub, organização de pesquisa sem fins lucrativos que desenvolve novas tecnologias para levar a diagnósticos e terapias eficazes, por seus avanços no desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico de covid-19.

"Foi um dia agitado, mas quero parabenizar os cientistas do Biohub por todo o progresso que vocês fizeram desde que começamos, cinco anos atrás. Do mapeamento das funções celulares ao desenvolvimento de novas tecnologias para visualizar as interações de proteínas e à construção de ferramentas de diagnóstico para a Covid e além, há muitos avanços para nos orgulhar enquanto trabalhamos para ajudar os cientistas a curar, prevenir ou gerenciar todas as doenças pelo final deste século", disse o executivo.

Entanto isso, a pane global fez com que o chefe do Facebook perdesse quase US$ 6 bilhões em poucas horas e caísse uma posição no ranking de bilionários da Bloomberg, ocupando agora a quinta posição.