Vencedor do Nobel pensou que era alvo de 'pegadinha' ao receber notícia
Primeiro italiano a vencer o Nobel desde 2007, o físico teórico Giorgio Parisi pensou que estava sendo alvo de uma brincadeira quando recebeu a notícia de sua vitória.
Aos 73 anos, ele é um dos três premiados com o Nobel de Física em 2021 por suas descobertas sobre a interação entre desordens e flutuações em sistemas físicos, desde escalas atômicas até planetárias.
"Estou muito, muito contente. Telefonaram um pouco antes, e isso me surpreendeu porque me diziam que, normalmente, essas ligações chegavam depois das 11h [6h em Brasília]", disse Parisi à ANSA, principal agência de notícias italiana.
É verdade que, no início, tive medo que fosse uma brincadeira, mas logo ficou claro que não era. Fui pego de surpresa, mas quando vi que era um número que começava com 4, ou seja, do norte da Europa, disse para mim mesmo: 'Talvez essa seja minha vez' Giorgio Parisi, um dos vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2021
Parisi é um dos físicos mais renomados do mundo e leciona na Universidade de Roma La Sapienza
Segundo a Real Academia de Ciências da Suécia, responsável pelo Nobel de Física, as descobertas de Parisi "estão entre as mais importantes contribuições para a teoria de sistemas complexos".
"Elas tornaram possível entender e descrever muitos fenômenos e materiais aparentemente aleatórios, não só na física, mas em outras áreas, como matemática, biologia, neurociência e aprendizado de máquina", justificou a instituição.
Parisi é o 21º italiano a conquistar o Nobel e o sexto a vencer o de Física. A última pessoa da Itália a faturar o prêmio havia sido Mario Capecchi, laureado com o Nobel de Medicina em 2007.
"O Nobel é um reconhecimento importante para a ciência italiana, que poderia ter conquistado variados prêmios em Física e outras disciplinas", declarou o cientista.
Parisi terá direito a metade do montante de 10 milhões de coroas suecas (R$ 6,25 milhões pela cotação atual), enquanto a outra parte será dividida igualmente entre o japonês Syukuro Manabe e o alemão Klaus Hasselmann.
Ambos foram premiados por seus modelos para compreender e simular o clima na Terra e por seus trabalhos sobre como a atividade humana, em especial a emissão de dióxido de carbono (CO2), eleva a temperatura no planeta.
* Com informações da ANSA
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