Bilhete ou celular? São Paulo testa pagamento de ônibus via QR Code
Imagine entrar em um ônibus e, ao invés de sacar um bilhete plástico ou dinheiro, simplesmente pegar o celular, apontar a tela para um leitor e fazer o pagamento automaticamente. Ao que tudo indica, isso deverá ser realidade nos ônibus da cidade de São Paulo no futuro.
Na última sexta-feira (1º), a SPTrans —empresa da prefeitura responsável pela gestão de transporte público por ônibus— começou a testar a novidade. Por ora, ela só estará disponível nos 17 veículos da linha 4031-10, que liga o Parque Santa Madalena, na Zona Leste, à estação Tamanduateí do Metrô.
A ideia é que essa fase dure seis meses, durante os quais serão feitos ajustes e alterações necessários no sistema e também pesquisas com usuários. Por dia, essa linha transporte mais de seis mil pessoas.
De acordo com a SPTrans, a solução é útil para turistas e passageiros eventuais dos ônibus da cidade, que não têm Bilhete Único, ou em situações nas quais a pessoa esqueceu o cartão de plástico em casa ou está com ele descarregado. É importante ressaltar que esse meio de pagamento não dá direito à integração.
Como funciona?
Para usar o recurso, é preciso ter o aplicativo SP Pass instalado no seu celular. Ele tem versões tanto para aparelhos Android quanto para iPhone e foi desenvolvido pela startup paulista UPM2, que firmou um contrato com a SPTrans.
Esse aplicativo permite que sejam adicionados créditos por meio de boleto, Pix, Doc bancário, cartões de débito e de crédito ou em casas lotéricas.
O funcionamento é simples: uma vez que tenha saldo no aplicativo, basta clicar na opção "Bilhete QR Digital" e confirmar o valor da passagem. Em seguida, será exibido um QR Code na tela do aparelho que, uma vez "mostrado" ao leitor da catraca, liberará a passagem.
Neste site é possível ver um passo a passo sobre como utilizar a novidade.
Além de servir para transporte público, o aplicativo também funciona como uma conta digital, já que é possível usar os créditos armazenados ali para compras na internet, pagamento de táxi, aluguel de bicicleta, entre outros.
Código multiuso
O uso de QR Code nos transportes de São Paulo não é exatamente uma novidade. Após testes em estações de trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em abril deste ano o metrô da capital adotou a tecnologia, que permite a compra de passagens nas bilheterias, em máquinas de autoatendimento e em estabelecimentos parceiros —neste caso, é impresso um papel com o código— quanto por meio de um aplicativo de celular.
Com o papel ou o QR Code sendo exibido na tela do celular, basta usá-lo nas catracas das estações.
Esta é só mais uma aplicação possível dos QR Codes, cuja sigla significa "Quick Response" ("resposta rápida", em português). Estes códigos de barras bidimensionais têm funcionamento similar à dos códigos que encontramos em produtos de supermercado, mas o uso de duas dimensões o torna capaz de armazenar muito mais informações.
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