Controle de bomba de insulina da Medtronic será recolhido por ameaça hacker
A empresa de tecnologia médica norte-americana Medtronic, uma das mais importantes do setor, anunciou nesta semana a expansão de um recall para recolhimento urgente de dois modelos de controle remoto para bombas de insulina, dispositivo usado por algumas pessoas diagnosticadas com diabetes.
As versões MMT-500 e MM-503 do dispositivo estão vulneráveis a ataques de hackers.
O risco é de que cibercriminosos possam usar essa brecha para bloquear o envio de insulina ou mexer na dose entregue ao paciente ao copiar os sinais enviados dos controles, que usam a tecnologia de radiofrequência sem fio para enviar comandos para as bombas. Os dispositivos afetados são as versões MiniMed 508 e MiniMed Paradigm.
"Após uma análise mais detalhada, a Medtronic determinou que os riscos potenciais associados ao controle remoto MiniMed superam os benefícios de seu uso contínuo", alertou a empresa em comunicado divulgado em seu site.
Entenda o caso
Em 2018, um pesquisador de segurança cibernética descobriu uma falha envolvendo as bombas de insulina e avisou os usuários sobre o problema.
Na época, a empresa comunicou o processo de recall apenas a consumidores que possuíam bombas de insulina na garantia e enviou instruções sobre como desativar um recurso de acesso remoto do dispositivo para proteger a segurança do aparelho.
Na ocasião, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chegou a publicar avisos para pacientes e médicos sobre os riscos de continuarem usando os modelos MMT-500 e MM-503 da empresa.
Depois, em 2019, a Medtronic voltou a informar os usuários de possíveis falhas de segurança em outros modelos produzidos por eles.
Agora, depois de sofrer pressão por conta da exposição de vulnerabilidade a hackers, a empresa informou em comunicado que os usuários "devem parar imediatamente de usar o controle remoto e desconectá-lo".
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