Como fazer backup de conversas e fotos do WhatsApp com criptografia
Agora é oficial: o WhatsApp começou a liberar nesta quinta-feira (14) a opção de proteger o backup das conversas com criptografia de ponta a ponta.
A novidade foi anunciada em setembro, mas, segundo Mark Zuckerberg, presidente executivo e fundador do Facebook (dono do WhatsApp), só agora celulares com Android e iOS estão começando a receber o recurso.
A novidade deve começar a aparecer gradualmente para todos os celulares nas próximas semanas. Se não estiver disponível para você imediatamente, espere só mais um pouco.
O que mudou?
A essa hora você provavelmente já trocou algumas dezenas de mensagens no WhatsApp, certo? E imagina que sua privacidade está segura graças à criptografia de ponta a ponta, implementada em 2016, e que seu backup também está seguro na nuvem caso seu celular pife. Mas você sabia que, até hoje, o aplicativo de mensagens não criptografa o seu backup?
Seja no Google Drive ou no iCloud, as mensagens são protegidas apenas pelo sistema de segurança do Google e da Apple quando chegam à nuvem. A partir de hoje, isso vai mudar. Nas próximas semanas, o WhatsApp vai começar a implementar uma camada extra de segurança sobre as mensagens, agora também no backup.
Antes mesmo de fazer o backup na nuvem, o WhatsApp vai te perguntar se você quer ativar a criptografia. Com isso, nem o serviço da nuvem nem o próprio WhatsApp conseguirá acessar suas mensagens, sejam texto, fotos, áudios ou vídeos.
Quando a criptografia de ponta a ponta foi implementada no aplicativo, a capacidade técnica de estendê-la para os backups ainda não estava disponível, diz a empresa em nota enviada por email a Tilt.
"O WhatsApp é o primeiro serviço global de mensagens nesta escala a oferecer criptografia de ponta a ponta nas mensagens e backups", afirmou Mark Zuckerberg, dono do Facebook (que é dono do WhatsApp) em seu perfil na rede. "Conseguir isso foi um desafio técnico muito difícil que exigiu uma estrutura inteiramente nova para armazenamento de chaves e armazenamento em nuvem em sistemas operacionais."
Como usar a criptografia nos backups
A partir de agora, o app vai te perguntar se você deseja ativar essa camada de segurança antes de salvar suas mensagens no provedor da nuvem. A função será opcional e estará disponível tanto para Android quanto para iOS.
Para ativar a criptografia, você terá que criar uma senha para poder acessar a chave de 64 dígitos que destrava a criptografia. Somente com essa chave será possível acessar as mensagens no backup. Caso você troque de aparelho, precisará dela para recuperar as mensagens em um novo telefone.
Para ativar a criptografia do backup:
- Abra as Configurações do WhatsApp.
- Toque em Conversas > Backup de conversas > Backup criptografado de ponta a ponta.
- Toque em Continuar e siga as instruções para criar uma senha ou uma chave de criptografia.
- Toque em OK e aguarde enquanto o WhatsApp prepara seu backup criptografado de ponta a ponta (pode demorar um pouco).
Se você esquecer sua senha ou chave do backup criptografado, não será possível recuperá-lo depois. Evite usar senhas repetidas ou combinações fáceis, mas cuidado para não perdê-la.
Para desativar o backup criptografado:
- Abra as Configurações do WhatsApp.
- Toque em Conversas > Backup de conversas > Backup criptografado de ponta a ponta.
- Toque em Desativar.
- Insira sua senha.
- Toque em Desativar novamente.
O que é a criptografia de ponta a ponta?
Esse tipo de camada de segurança permite que a mensagem seja vista somente por quem a enviou e por quem a recebeu. Mesmo que a mensagem seja interceptada, ela não pode ser lida por um terceiro. É como se ela ficasse dentro de um cofre que só você e o destinatário têm a combinação.
Nem todo o caminho da mensagem, no entanto, permanece em segredo. Tudo o que é enviado e recebido pode ficar gravado nos celulares de remetentes e destinatários, mesmo com a criptografia sendo estendida para o backup.
Não adianta o aplicativo inserir novas camadas de segurança no armazenamento se o aparelho for roubado e não tiver bloqueios e senhas fortes. Neste caso, qualquer pessoa poderá acessar as conversas.
*Com reportagem de Letícia Naísa
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