Mark Zuckerberg pode virar réu em processo da Cambridge Analytica, diz NYT
O criador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg poderá sofrer mais uma derrota. A Procuradoria-Geral do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, informou que pretende adicioná-lo como um dos réus em um processo de proteção ao consumidor que envolve a Cambridge Analytica, empresa de consultoria política que usou indevidamente dados de mais de 87 milhões de usuários do site.
Em entrevista publicada hoje pelo jornal The New York Times, o procurador-geral Karl Racine disse que o aprofundamento da investigação verificou que Zuckerberg desempenhou um papel ativo em decisões sobre a garantia de privacidade dos internautas na rede social.
A procuradoria poderá pedir até R$ 27.760 (5 mil dólares) para cada um dos 300 mil moradores de Columbia que a acusação diz ter sido alvo do vazamento de dados.
Racine explicou que pedirá à Justiça que Zuckerberg vire réu em uma reclamação protocolada contra o Facebook, em dezembro de 2018. De acordo com o jornal norte-americano, a acusação diz que a empresa enganou os usuários sobre a privacidade de seus dados ao permitir que a Cambridge Analytica obtivesse as informações.
O Facebook negou à Justiça que tivesse enganado, mas a denúncia acabou aceita contra a empresa. Agora, a procuradoria quer adicionar Zuckerberg ao processo após ouvir ex-funcionários e analisar documentos internos da empresa.
Racine disse ao jornal que a apuração constatou que partiu de Zuckerberg a ideia de terceiros terem acesso aos dados da rede social. Uma dessas pessoas era um acadêmico que repassou as informações à Cambridge Analytica.
"Nessas circunstâncias, adicionar Zuckerberg ao nosso processo é inquestionavelmente justificado e deve enviar uma mensagem de que os líderes corporativos, incluindo o presidente-executivo, serão responsabilizados por suas ações", justificou Racine.
Zuckerberg ainda pode pedir a rejeição da sua inclusão no processo, que será analisado pela Justiça do Distrito de Columbia.
"Essas alegações são tão sem mérito hoje quanto eram há mais de três anos, quando o Distrito apresentou sua queixa", disse Andy Stone, porta-voz do Facebook, ao jornal norte-americano.
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