Astrônomos querem lançar um telescópio espacial gigante para caçar aliens
Astrônomos norte-americanos querem construir um enorme telescópio espacial para buscar planetas habitáveis - e, quem sabe, vida. O plano foi divulgado no Astro2020, um relatório de 600 páginas para guiar as próximas décadas de pesquisa e exploração espacial dos EUA.
O ambicioso equipamento, ainda sem nome definido, seria três vezes maior que o Hubble, e custaria cerca de US$ 11 bilhões (R$ 61 bilhões). Operando as frequências óptica, infravermelha e ultravioleta, é um sucessor mais sofisticado do telescópio James Webb, que ainda nem está em operação - o lançamento está previsto para dezembro deste ano.
De acordo com o documento, ele poderia ser construído e colocado em órbita até 2040. Astrônomos o apelidaram de "LuvEx", em referência a dois projetos anteriores, o Luvior (Large Ultraviolet Optical Infrared Surveyor) e o HabEx (Habitable Exoplanet Observatory).
Procurar exoplanetas - que estão fora do Sistema Solar - parecidos com a Terra, e analisar suas atmosferas em busca de sinais de vida extraterrestre, as chamadas bioassinaturas, é uma das prioridades da astronomia moderna.
"Estamos no limiar de uma nova era de ouro de descobertas, tanto por terra quanto pelo espaço: será que podemos realmente encontrar evidências de vida em outro planeta?", disse Heidi Hammel, vice-presidente da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia, em um comunicado. "Este relatório - fiel ao seu nome - apresenta caminhos robustos para responder a esta pergunta, e nós podemos ser a geração que a responderá."
O Astro2020 também recomenda o lançamento de outros telescópios espaciais menores, compondo uma verdadeira frota para mapear a Via Láctea em diversas frequências, do infravermelho ao raio-X. Para observações em terra, o plano é continuar investindo na instalação de potentes observatórios, como o Giant Magellan Telescope (GMT), no Chile, e o Thirty Meter Telescope (TMT), no Havaí ou nas Ilhas Canárias.
Outras prioridades para as próximas décadas são: entender melhor o que aconteceu nas origens do Universo, investigando fenômenos como buracos negros, anãs brancas e explosões estelares; e analisar a evolução das galáxias, determinando como esses sistemas astronômicos estão interligados.
Para tudo isso sair do papel, porém, será necessário comprometimento e verbas do governo dos Estados Unidos. De acordo com o relatório, o sucesso destes projetos é essencial se o país quiser manter sua posição como líder na astronomia e exploração espacial.
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