'Quanto tempo ficaria no chão?': ele foi salvo duas vezes por um smartwatch
A vida do aposentado norte-americano Daniel Pfau, de 70 anos, foi salva duas vezes graças à ajuda de um smartwatch, relógio inteligente que possui recursos de monitoramento cardíaco, entre outros. No caso mais recente, em julho deste ano, o mestre em ciência da computação se levantou para ir ao banheiro e desmaiou pouco tempo depois.
"Bati a cabeça no chão e começou a sangrar bastante", contou em entrevista a Tilt. Pfau conseguiu se levantar após a primeira queda, mas foi ao chão novamente assim que chegou ao banheiro. "Nesse momento já tinha sangue para todo o lado e minha nuca doía", acrescentou.
O aposentado estava com a sua companheira, Betsy Pfau, na casa de temporada dos dois na ilha de Martha's Vineyard, na costa nordeste dos EUA. Na hora do desmaio, ela estava em outro cômodo da residência e não percebeu o que tinha ocorrido com o marido.
"Então me dei conta que eu poderia ditar uma mensagem de texto para ela usando o relógio. Fiz isso e ela prontamente veio e chamou uma ambulância", detalhou. O smartwatch usado foi o Apple Watch Series 4, lançado em 2018.
Pouco tempo depois de chegar no hospital, foi constatado que o aposentado tinha quebrado a vértebra C1. "É o osso no topo da espinha que segura a cabeça", lembrou sobre o diagnóstico. Na lista dos impactos do acidente doméstico ainda constavam: um osso do crânio quebrado e nove pontos no corte de 12 centímetros que sofreu na testa.
"Foi determinado que eu fosse levado ao Hospital Geral de Massachusetts. Passei quatro dias na UTI", relatou.
Passados quase quatro meses desse acidente, Pfau diz que já está bem, consegue fazer as atividades normalmente, mas ainda precisa um pouco mais de tempo para completar sua recuperação.
"No final das contas, se eu não tivesse a possibilidade de enviar uma mensagem de texto para minha mulher, quem sabe quanto tempo mais eu ficaria deitado no chão antes de receber atenção médica? O resultado final poderia ter sido muito diferente", ressaltou ele, que tem dois filhos e aguarda a chegada do seu primeiro neto em dezembro deste ano.
Pfau diz ter escolhido o Apple Watch Series 4, pois ele buscava ter um dispositivo para auxiliar em suas atividades físicas — como a oferta de diferentes aplicativos para exercícios — e para ter funcionalidades robustas — como monitoramento cardíaco e detecção de queda.
"Eu acho que é ótimo [ter uma tecnologia assim] por razões de saúde e conectividade, mas também tem muitos aplicativos disponíveis", resumiu.
Por falar em queda...
O aposentado também lembrou a primeira vez em que o mesmo relógio o ajudou. Isso foi há dois anos, durante um passeio de bicicleta, também durante uma temporada na ilha de Martha's Vineyard. Ele a guiava com uma garrafa de água na mão e a outra no guidão.
Ao passar por um quebra-molas sem sinalização, Pfau perdeu o equilíbrio e caiu. "Fiquei inconsciente e acordei na ambulância. Acontece que o Apple Watch ligou para 911 [Serviço de Emergência dos EUA] e eles enviaram a ambulância", contou a Tilt.
Alguns modelos do relógio da Apple possuem um sistema de detecção de queda, que pede que o usuário responda uma notificação e, caso não haja resposta em alguns minutos, o aparelho aciona o serviço de emergência automaticamente.
Com a queda, o aposentado teve múltiplos ferimentos. A condição mais preocupante foi uma hemorragia entre o cérebro e o tecido que o cobre, contou.
O aposentado teve que ser levado em transporte aéreo para o Hospital Geral de Massachusetts. "Eu tive muita sorte. Acredito que o rápido suporte que tive graças ao relógio contribuiu para minha recuperação."
Fã de carteirinha da Apple e de tecnologia
Muitos fãs da Apple optam por comprar produtos pelo design e/ou pelo status de ter um dispositivo avançado (e caro, muitas vezes). Para Daniel Pfau, que tem uma série deles, o maior motivo do investimento é a integração de sistemas que a empresa oferece.
Além do seu Apple Watch Series 4, o aposentado tem um iPhone, dois iMacs, um MacBook Air e um iPad. Dados do relógio são transmitido, por exemplo, em segundos para o celular e para o tablet.
Vários aplicativos também compartilham informações em tempo real. Se você escrever lembretes no bloco de notas do smartphone, é possível acessá-los rapidamente nos demais eletrônicos.
Para o aposentado, a tecnologia melhora a vida humana, por mais que existam situações que dizem o contrário, como "o lado negativo de como as redes sociais podem ser tóxicas e os problemas que o Facebook enfrenta ultimamente."
Sobre o lado bom, Pfau ressalta: "Você consegue viver sem pesquisar no Google? Sobreviveria a pandemia sem o zoom? A tecnologia vai muito além dos produtos eletrônicos. Ela criou as vacinas contra a covid-19, carros mais seguros e confiáveis e até streamings de TV."
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