Topo

Eclipse parcial da Lua mais longo do século poderá ser visto nesta semana

Uma rara "superlua sangue" em meio a eclipse lunar vista de Wollongong, na Austrália, em 26 de maio - EPA/Dean Lewis
Uma rara "superlua sangue" em meio a eclipse lunar vista de Wollongong, na Austrália, em 26 de maio Imagem: EPA/Dean Lewis

De Tilt, em São Paulo

16/11/2021 16h18Atualizada em 16/11/2021 17h10

Na madrugada da próxima sexta-feira (19), será possível ver do Brasil, pelo menos em parte, o eclipse parcial lunar mais longo dos últimos 580 anos, com uma duração total prevista de 3 horas, 28 minutos e 3 segundos.

Considerado um dos eventos mais aguardados do mês, o eclipse lunar parcial será também o último fenômeno desse tipo no ano — ele pode ser chamado também de "quase total", porque cobrirá 97,4% do disco da Lua em seu auge.

A Lua entrará na sombra externa da Terra às 3h02 (horário de Brasília), com possibilidade de ser vista a olho nu na Austrália, Américas do Norte e do Sul e parte da Ásia e Europa. A visibilidade poderá sofrer influência das condições climáticas, como céu nublado.

No Brasil, a previsão é de que o ponto máximo do eclipse ocorra as 6h02, mas, como a Lua já estará abaixo do horizonte, não será possível vê-la. Vai dar para sentir um gosto do ápice do fenômeno às 4h18, que é quando a Lua começa a tomar uma cor mais escura.

Por aqui, o melhor ponto de observação do fenômeno será a região Norte, no Estado do Amazonas. Quanto mais ao Sul do País, menos chance você terá de conseguir ver por conta do horário em que o fenômeno acontecerá.

Por que um eclipse tão longo?

A longa duração do eclipse tem a ver com a órbita da Lua, que estará perto do seu ponto mais distante da Terra, o chamado "apogeu", e também estará se movendo numa velocidade mais baixa.

Por isso, o tempo que o satélite passará debaixo da sombra da Terra será maior.

Para observar um eclipse lunar, você não precisa de nenhum equipamento especial. Basta procurar um local isolado —quanto mais longe de fontes artificiais de luz, melhor— e com a vista livre para o horizonte, já que a Lua estará bem "baixa".

Use binóculos ou um telescópio para enxergar melhor o fenômeno em detalhes.