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Xiaomi Poco X3 Pro e Poco X3 GT: veja quais diferenças importam nos modelos

Poco X3 Pro (esq.) e Poco X3 GT (dir.): celulares intermediários da Xiaomi - Reprodução
Poco X3 Pro (esq.) e Poco X3 GT (dir.): celulares intermediários da Xiaomi Imagem: Reprodução

Vinícius de Oliveira

Colaboração para Tilt, em São Paulo

07/12/2021 04h00Atualizada em 07/12/2021 10h55

Com uma linha de celulares voltada para pessoas que gostam de usar o telefone para jogar, a Xiaomi lançou recentemente no mercado internacional o primeiro Poco da linha X com suporte à rede 5G: o Poco X3 GT.

O modelo é basicamente uma atualização do Poco X3 Pro, lançado oficialmente no Brasil em maio deste ano. Para saber o que mudou de um smartphone para o outro, Tilt comparou a ficha técnica dos dois celulares e o custo benefício de cada um.

Veja a seguir qual o melhor intermediário da Xiaomi:

  • Poco X3 Pro: 165,3 mm x 76,8 mm x 9,4 mm e 215 gramas

  • Poco X3 GT: 163,3 mm x 75,9 mm x 8,9 mm e 193 gramas

Em termos de visual, o Poco X3 Pro é diferente da maioria dos outros celulares da marca. As câmeras traseiras foram colocadas em um módulo saltado com formato que lembra um estádio de futebol, sobre um círculo preto. É o layout "dominó" da empresa.

A tela possui proteção Gorilla Glass 6 (tipo de tecnologia de resistência), o corpo é de plástico e está disponível nas cores preto, azul e bronze. Chama bastante atenção o logo da Poco, em letras enormes na traseira, bem no meio do acabamento serrilhado.

Já o Poco X3 GT vai para um estilo mais clássico, com as lentes agrupadas em módulo retangular no lado superior esquerdo. O visor possui proteção Gorilla Glass Victus e o corpo é de plástico, disponível nas cores preto, azul ciano e branco.

O Gorilla Glass Victus é a sétima geração do material de proteção para telas e, segundo a fabricante Corning, é duas vezes mais resistente a riscos que a versão 6 e resiste a quedas de até dois metros de altura.

Ambos possuem certificação IP53 contra poeiras e contra respingos de água. Na prática, significa que ele está protegido contra sujeiras, mas não totalmente, e também não pode ser submerso nem levar jatos de água — de mangueira, por exemplo.

O sensor de impressão digital fica integrado ao botão de liga/desliga, e a câmera de selfie fica em um entalhe circular central no visor.

Veredito: Pela maior proteção na tela, optamos pelo Poco X3 GT. O design vai mais de gosto.

  • Poco X3 Pro: 6,67 polegadas (16,94 cm), IPS LCD, resolução Full HD+ (2.400 x 1.080 pixels) e 120 Hz
  • Poco X3 GT: 6,6 polegadas (16,76 cm), IPS LCD, resolução Full HD+ (2.400 x 1.080 pixels) e 120 Hz

Os dois modelos possuem telas praticamente iguais, sendo que o Poco X3 Pro é um pouquinho maior. A diferença é de menos de 20 milímetros, o que na prática é quase imperceptível.

Veredito: Consideramos um empate, já que as telas possuem as mesmas tecnologias, resolução e taxa de atualização de 120 Hz (que oferece maior fluidez na transição de animações. A média dos celulares de 2020 nesse índice ficava em 60 Hz.

  • Poco X3 Pro: 5.160 mAh
  • Poco X3 GT: 5.000 mAh

Apesar de a capacidade da bateria ser um pouco menor, o Poco X3 GT vence no comparativo contra o Poco X3 Pro por ter adotado a tecnologia USB Power Delivery 3.0. Isso permite um carregamento ainda mais rápido do aparelho, com carregadores de até 100W.

De acordo com a Xiaomi, o Poco X3 GT vai de 0% a 100% em apenas 42 minutos, enquanto o Poco X3 Pro leva 59 minutos para atingir a mesma carga.

Parte da responsabilidade por esse desempenho é do carregador de 67W que vem na caixinha do modelo mais novo, contra 33W do modelo antigo.

Segundo testes do site GSMArena, a duração da bateria de ambos é parecida, mas com vantagem para o X3 GT. Foram mais de 36 horas em ligação contra 32 horas e 44 minutos do X3 Pro; e 17 horas e meia de navegação do primeiro, contra 17 horas e 19 minutos do segundo.

Em exibição de vídeos, a diferença foi a maior entre eles: o X3 GT aguentou quase 16 horas, enquanto a bateria do X3 Pro acabou em menos de 12 horas.

Veredito: Pela rapidez no carregamento, optamos pelo Poco X3 GT.

  • Poco X3 Pro: câmera quádrupla traseira (principal de 48 MP, ultra-angular de 16 MP, macro e sensor de profundidade de 2 MP) e frontal (20 MP)
  • Poco X3 GT: câmera tripla traseira (principal de 64 MP, ultra-angular de 8 MP e macro de 2 MP) e frontal (16 MP)

Traseira

O Poco X3 Pro traz um conjunto com quatro lentes na traseira, sendo que uma delas é apenas o sensor de profundidade que mede a distância entre cada elemento da cena e ajuda na hora de desfocar o fundo quando usamos o modo retrato.

O Poco X3 GT também tem essa função, apesar de ter uma lente a menos. Aqui a vantagem fica no fato de termos uma câmera com resolução maior (64 MP contra 48 MP), que resulta em fotos com maior nível de detalhamento na hora da impressão.

Ambas gravam vídeo com qualidade 4K com 30 frames por segundo (fps). No geral, o desempenho dos dois parece similar.

Veredito: Optamos pelo Poco X3 Pro, com pequena vantagem por ter uma lente extra.

Frontal

No uso do dia a dia, as duas câmeras de selfie são parecidas com uma leve vantagem para a o Poco X3 Pro. Isto porque a lente tem uma abertura f/2.2 contra uma abertura f/2.5 do Poco X3 GT. Quanto menor esse número após o "f", maior a quantidade de luz que entra na lente.

Na teoria, o Poco X3 Pro consegue captar mais luz em ambientes mais escuros, o que resultaria em fotos com menor nível de ruído.

Veredito: No desempate técnico, optamos pelo Poco X3 Pro.

  • Poco X3 Pro: Qualcomm Snapdragon 860 (2.96 GHz, octa-core), 6 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento
  • Poco X3 GT: MediaTek Dimensity 1100 (2.6 GHz, octa-core) 8 GB de memória RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento

Aqui temos uma disputa clássica entre os processadores da Qualcomm e da MediaTek. Em testes de benchmark, que medem o desempenho dos celulares, o Poco X3 GT se saiu melhor que seu antecessor.

O modelo mais novo da Xiaomi fez 590 mil pontos no ranking do AnTuTu, contra 567 mil pontos do Poco X3 Pro. A principal diferença foi no quesito memória, que mede o quão rápido e ágil o telefone parece ser.

Veredito: Por ter se saído melhor em testes de benchmark, optamos pelo Poco X3 GT. É possível que a maior memória RAM (que ajuda no desempenho do celular) tenha dado uma ajuda no quesito.

A Xiaomi retirou do Poco X3 GT alguns recursos que havia no antecessor e que podem ser interessantes para você. Por exemplo, o aparelho mais atual não possui rádio FM, nem entrada para fone de ouvido P2 (3,5 mm).

O Poco X3 Pro ainda tem a vantagem de possuir uma segunda entrada híbrida para cartão de memória e chip, permitindo a expansão do armazenamento dentro do celular. Já o Poco X3 GT tem apenas o espaço para uma segunda linha telefônica.

Qual a vantagem do modelo mais novo então? Conectividade com a rede 5G. Apesar de ainda estar em implantação no Brasil, o Poco X3 GT já possui suporte à rede móvel de alta velocidade.

Veredito: Se você está acostumado a ouvir rádio ou precisa de muito espaço no celular, o Poco X3 Pro é a melhor opção para você. Porém, pensando a longo prazo, o Poco X3 GT é mais interessante por causa do 5G

  • Poco X3 Pro: a partir de R$ 1.785 à vista (128 GB)
  • Poco X3 GT: a partir de R$ 2.149 à vista (128 GB)

Ainda que seja um aparelho intermediário muito bom, o Poco X3 Pro fica atrás do Poco X3 GT quando se trata de custo-benefício. Opte apenas pelo Pro caso recursos como entrada para fone de ouvido, rádio FM e cartão de memória sejam imprescindíveis para você.

No modelo mais novo da Xiaomi, temos aqui um design mais atrativo, inspirado nos celulares premium, câmeras boas, melhor desempenho do processador e suporte à tecnologia 5G. Vale ressaltar que o Poco X3 GT não foi lançado oficialmente pela empresa chinesa no Brasil, mas é possível encontrá-lo no varejo e lojas importadoras.

Caso queira pesquisar outros modelos, a Samsung possui o Galaxy M51 (R$ 1.699) e o Galaxy A72 (R$ 2.147,37) nessa faixa de preços. Já a Motorola apresenta o One Fusion Plus (R$ 1.499) e o Moto G 5G (R$ 1.699). Os preços citados são à vista consultados no varejo.

*Preços pesquisados no dia 6 de dezembro de 2021. Os valores podem sofrer alterações

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