Quase um planeta: ouça os sons de Ganimedes, a maior lua do sistema solar
Sabia que até os corpos celestes no espaço têm som? Pois você já pode conferir o áudio da maior e mais gelada lua de Júpiter e do sistema solar, Ganimedes, que foi divulgado pelo Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa na última sexta-feira (17).
No American Geophysical Union Fall Metting 2021 (Encontro de inverno de 2021 da União Geofísica da América), o principal pesquisador no comando da sonda Juno, enviada para explorar Júpiter, o físico Scott Bolton, do Southwest Research Institute (Instituto de Pesquisa do Sudoeste, nos EUA), divulgou a novidade.
O som pode ser conferido em um vídeo no YouTube de quase 50 segundos. A captura foi feita pela nave Juno em 7 de junho, quando estava sobrevoando a gigantesca lua, maior até que o planeta Mercúrio. Ouça abaixo:
Para você ouvir o som como está agora, foi preciso que a gravação passasse por uma recompilação através de uma ferramenta especial da sonda, usada para medir as ondas eletromagnéticas produzidas em torno de Júpiter.
Ou seja, este pode não ser exatamente o som que você ouviria no espaço porque, como sabemos, o som não se propagada no vácuo. Mas quando convertemos as ondas gravadas em uma frequência audível, o resultado é essa trilha sonora de "uivos e gritos" na atmosfera de Ganimedes.
"Esta trilha sonora é maluca o suficiente para fazer você se sentir como se estivesse voando com a Juno enquanto ela passa por Ganimedes pela primeira vez em mais de duas décadas. Se você ouvir com atenção, poderá escutar a mudança abrupta para frequências mais altas na metade da gravação, que representa a entrada num ponto diferente da magnetosfera de Ganimedes", explicou Bolton durante o evento.
O 34ª voo de Juno chegou a 1.038 quilômetros de distância da superfície de Ganimedes a uma velocidade de 67 mil quilômetros por hora. Foi o mais próximo que uma nave humana já chegou do astro desde o ano 2000, quando a sonda Galileu passou por ali.
Ganimedes possui um oceano líquido nas profundezas da crosta gelada, onde seria possível existir vida. Outro ponto de destaque sobre a sua "anatomia" é a existência de um campo magnético próprio, algo raro entre outros satélites naturais de planetas.
A missão Juno, que pode durar até 2025 ou mais, começou em 2011 e tem como foco coletar mais informações sobre a formação dos planetas gigantes e também a função deles na origem do Sistema Solar.
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