Elon Musk quer transformar dióxido de carbono em combustível para foguetes
"A SpaceX está iniciando um programa para retirar CO2 da atmosfera para transformá-lo em combustível para foguete. Por favor, junte-se a nós se estiver interessado".
Foi com essa mensagem postada no twitter que o bilionário Elon Musk, presidente-executivo da SpaceX e da Tesla destacou seu plano ambicioso envolvendo o dióxido de carbono (CO2).
Segundo Musk, a tecnologia — que ainda precisará ser desenvolvida e testada — será muito usada no futuro, principalmente em expedições para o Planeta Vermelho, já que a atmosfera de lá é predominantemente formada por dióxido de carbono (CO2).
Assim, os próprios astronautas poderiam criar o combustível para o foguete, já que o recurso é tão presente e disponível naquele planeta.
A SpaceX tentará enviar sua primeira missão não tripulada a Marte no próximo ano e a primeira missão tripulada até 2026.
Pagamento de R$500 milhões
O plano de Musk para transformar dióxido de carbono em combustível não é de agora. No início deste ano, ele prometeu dar um prêmio de US$ 100 milhões (R$ 530 milhões) para quem desenvolver a "melhor" tecnologia para capturar o CO2 do ar.
Reduzir os gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global, é essencial para evitar graves mudanças climáticas na Terra. Mas ainda há poucas tecnologias dedicadas a resolver esse problema.
A maior parte dos esforços foca em diminuir as emissões —e não em retirar o que já está no ar, o que é mais difícil e, também, mais caro.
Polêmica envolvendo combustíveis de foguetes
O bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon foi a um dos limites do espaço em julho, em uma viagem de apenas 10 minutos. Apesar de rápida, a aventura do bilionário foi alvo de diversas críticas, entre elas uma dizia que a ida do bilionário até a borda da atmosfera teria emitido 300 toneladas de carbono, o que seria uma poluição maior do que a produzida por uma pessoa durante toda a sua vida.
O fato foi explicado por Tilt na época. O foguete New Shepard usado no passeio de Bezos utilizou oxigênio e nitrogênio líquidos como propelentes e por tanto não houve emissão de carbono já que a reação química deste par hipergólico gera água e não CO2.
Em outras palavras, o foguete de 18,3 metros de comprimento que levou Bezos a 107,05 km acima do nível do mar emitiu apenas vapor de água, portanto, foi inofensivo para o ambiente neste quesito.
De modo geral, os combustíveis de foguetes ainda são bem poluentes. E é por isso que cientistas investem em criar formas de torná-lo menos custoso financeiramente e mais sustentável. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
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