Cubo lunar: Chega ao fim mistério sobre objeto avistado por sonda na Lua
O objeto batizado de "cubo lunar", descoberto por uma sonda chinesa na superfície na Lua em dezembro, é, na verdade, uma rocha. E, apesar de ser vista à distância nesse formato quadrado, na verdade, ela é arredondada e, segundo a agência China National Space Administration, a CNSA, lembra um coelho.
O rover chinês Yutu-2 descobriu o objeto que, avistado de longe, parecia ser um cubo, no início de dezembro. A CNSA o apelidou de "casa misteriosa", especulando de maneira divertida que o cubo poderia ser uma casa ou nave alienígena. As agências de notícias o apelidaram de "cubo lunar".
A CNSA estimou que o objeto estaria a cerca de 80 metros de distância do rover, de acordo com o blog especializado Our Space, que é afiliado à agência, e se preparou para enviar a sonda em sua direção. A publicação especulou que demoraria de 2 a 3 meses para chegar ao cubo.
Após algumas semanas de preparação, porém, o veículo espacial conseguiu chegar perto o suficiente para revelar que a "casa misteriosa" não passa de uma rocha lunar. Sua aparência geométrica bem definida no horizonte era um truque simples de perspectiva, luz e sombra.
Coelho de Jade
Um dos técnicos que controlam remotamente o rover observou que a rocha tem a forma de um coelho, com pedras menores na frente "que lembram uma cenoura". O nome do veículo espacial, Yutu, significa "Coelho de Jade". Por causa disso, os cientistas batizaram a rocha com o nome do rover.
O Yutu-2 chegou à lua em janeiro de 2019, quando o módulo de pouso Chang'e-4 pousou na superfície. Foi a primeira missão a pousar no outro lado da lua.
Nos três anos que se passaram, o Yutu-2 percorreu mais de 1.000 metros, usou um radar de penetração no solo para investigar uma camada profunda de solo lunar e identificou rochas do manto lunar, abaixo da crosta, que foram empurradas para a superfície quando um asteroide colidiu com a Lua bilhões de anos atrás.
A CNSA pretende intensificar suas pesquisas e missões na Lua a fim de descobrir mais sobre esse objeto e outros fenômenos ainda não identificados naquele ambiente. Os especialistas da agência acreditam que tal formação se baseia em rochas profundas, e isso pode revelar informações importantes a respeito da Lua e como ela se desenvolveu.
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