Twitter ganha recurso que permite denunciar fake news; veja como funciona
O Twitter anunciou nesta segunda-feira (17) a chegada de uma ferramenta ao Brasil que possibilita que os usuários da plataforma denunciem fake news — notícias falsas Em caráter experimental, o recurso também foi liberado hoje na Espanha e Filipinas.
A iniciativa da empresa chega como mais uma tentativa de estratégia para conter a desinformação potencializada pelas redes sociais, principalmente em tempos de pandemia, que registrou alta de fake news sobre vacinação ou até mesmo sobre um suposto aumento irreal no número casos e de mortos. A expectativa também é de que a ferramenta diminua as notícias falsas durante as eleições deste ano.
"Selecionamos esses países porque queremos colher aprendizados de uma pequena, porém geograficamente diversificada, gama de regiões — incluindo aquelas em que o inglês não é o primeiro idioma — antes de tornar a ferramenta disponível globalmente", diz o comunicado oficial do Twitter.
"Além disso — e paralelamente a nossas políticas já existentes em eventos cívicos anteriores —, o fato de 2022 ser ano de eleições no Brasil e nas Filipinas, assim como de meio de mandato nos Estados Unidos, contribuirá para a avaliação de como esta ferramenta de denúncias seria usada em períodos de grandes eventos cívicos", completa a empresa.
Em agosto do ano passado, o novo recurso chegou a ser liberado nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália.
Como fazer a denúncia?
Para fazer a denúncia, basta clicar nos três pontinhos localizados no lado direito de cada publicação e acessar "Denunciar Tweet".
Após isso, você deve escolher a opção "As informações são enganosas".
Na sequência, o Twitter irá perguntar "qual é a informação enganosa desse Twitter?". Você pode escolher entre as opções "política", "saúde" ou "outra coisa".
Ao escolher isso, pronto, sua denúncia será registrada e você pode bloquear a pessoa que você denunciou.
Ferramenta ainda precisa ser aprimorada
O Twitter informou em comunicado oficial que o mecanismo já se mostrou útil nos primeiros testes, mas que ainda precisa ser melhorado com o tempo.
"Dos Tweets denunciados e analisados por nossas equipes, apenas 10% violavam nossas políticas. Isso indica que ainda são necessárias melhorias no processo", diz a postagem. A nível de comparação, esse percentual fica entre 20% a 30% em casos de denúncia por abuso ou segurança.
A rede social também afirmou que enquanto a ferramenta estiver em fase piloto, não será possível tomar medidas "em relação a todos os Tweets denunciados e não teremos como responder a todas as denúncias que recebemos".
Ao mesmo tempo, o Twitter ressaltou que a aplicação da política da regras da plataforma para quem usa a rede social em relação a conteúdo enganoso "é feita principalmente de forma proativa, sem a necessidade de denúncia".
Polêmica
Recentemente, o Twitter foi criticado devido à sua falta de capacidade de combater fake news e negacionismo da ciência. Internautas acusam a empresa de ser conivente com a divulgação de notícias falsas ou não estar reprimindo postagens desse tipo com rigor.
Também houve protestos sobre o apoio dado pelo Twitter, por meio do selo de "perfil verificado", a uma youtuber bolsonarista, Bárbara Destefani, acusada de desinformação. A hashtag #TwitterApoiaFakeNews esteve no Trending Topics após ser utilizada por anônimos e famosos como forma de protesto.
A plataforma reagiu aos questionamentos afirmando que tem o desafio de "não arbitrar a verdade" e de dar às pessoas "o poder de expor, contrapor e discutir perspectivas". Para a plataforma, "isso é servir à conversa pública".
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