Smartwatch ou pulseira? A Huawei meio que juntou os dois dispositivos em um só com a Band 6. Se por um lado, o acessório não é tão sofisticado quanto um relógio inteligente, ele tem uma tela de tamanho considerável, trazendo ainda mais competição para o ramo de pulseiras inteligentes que ajudam a medir atividades físicas monitorando dados como batimentos cardíacos e a distância percorrida durante a caminhada.
Concorrente direta da Mi Band 6, da Xiaomi, a tecnologia da Huawei é uma boa opção para quem quer entrar neste mundo, sem gastar muito dinheiro e medindo atividades que vão do sono à intensidade do exercício físico. Abaixo, a análise da pulseira "quase relógio" da fabricante chinesa.
Configurações, visual e app
Após tirar da caixa, o primeiro passo é parear a pulseira com o telefone via Bluetooth. É necessário baixar o app Huawei Saúde, disponível tanto para iOS, sistema do iPhone, como para Android. Lá, você seleciona o modelo Huawei Band 6.
O app Huawei Saúde tem uma peculiaridade no Android. Apesar de poder ser baixado pela loja oficial, a empresa chinesa sugere o download da aplicação diretamente do seu site oficial por ser a versão mais atualizada — mesmo assim, com a versão da Play Store, o vestível funciona direitinho.
Uma vez configurado, é possível baixar no app para smartphone novas "caras" para usar na tela da pulseira, além de visualizar detalhes de exercícios físicos, como calorias estimadas, ritmo de corrida/caminhada e sono.
A Band 6 conta apenas com um botão na lateral que serve para acessar o menu. Basta pressioná-lo e navegar pelas opções da tela de 1,47 polegada (3,7 centímetros), que é sensível ao toque.
Não há nenhum problema em usar a pulseira para tomar banho ou mesmo nadar. A Huawei diz que a Band 6 aguenta até 50 metros submersa na água.
Diferentemente dos relógios inteligentes, que têm autonomia de bateria curta (muitos duram apenas um dia), a Band 6 aguentou sete dias de uso seguido com os principais sensores ligados continuamente.
A Huawei diz que o acessório pode durar até duas semanas — o que, imagino, ser possível desligando algumas funções e deixando o brilho da tela mais baixo. O carregamento do aparelho é feito por meio de cabo USB-A que é encaixado na parte de baixo do vestível (acessórios eletrônicos que podemos vestir) — não vem um adaptador de tomada.
Batimentos cardíacos e saturação de oxigênio
Um dos primeiros efeitos depois de começar a usar a pulseira é receber os alertas de inatividade. Se você ficar mais de uma hora sentado, ela mostrará uma notificação sugerindo que você se mexa. Em tempos de home office, acaba sendo um bom lembrete de se movimentar um pouco durante o expediente. Quando rolava isso, geralmente me levantava e ia até a cozinha pegar água ou conferir a caixa dos Correios — acabava sendo um momento de descompressão do trabalho.
Os principais sensores da Huawei Band 6 são os monitores de batimento cardíaco e de SpO2 (saturação de oxigênio). Durante a apresentação da pulseira no ano passado, a fabricante chinesa fez questão de lembrar que não se trata de um dispositivo médico — portanto, suas medidas não são tão precisas quanto as usadas por profissionais.
Para checar na prática, o "nível" de precisão, utilizei um oxímetro, que mede batimento cardíaco e saturação de oxigênio. Sobre o primeiro índice, as medidas eram bem parecidas quando estava em descanso — durante a execução de um teste de resistência, levava um tempo até o relógio chegar próximo à medição do equipamento (enquanto na Band 6 aparecia 150 bpm; no dispositivo estava 170 bpm, por exemplo).
Sobre o segundo dado de saúde, a diferença, na maioria das vezes, era de 3% para mais ou para menos. Se no oxímetro aparecia 98%, na pulseira aparecia 95%, por exemplo. Sem contar que enquanto a pulseira leva quase 30 segundos para medir, o equipamento leva no máximo 5 segundos.
Monitorando atividade física
Para quem quiser medir atividades físicas, a pulseira conta com várias modalidades, como caminhada ao ar livre, natação em piscina, pular corda, elíptico e remo, por exemplo. Basta selecionar uma delas e iniciar o treino.
Durante a execução, a Band 6 mostra a intensidade do exercício baseada na medição dos seus batimentos cardíacos.
Também é possível estabelecer metas para quem ainda não pratica atividade física recorrente. Por exemplo: caminhar 9 mil passos por dia.
Medindo o sono
A função para medir o sono é chamada de TruSleep e é configurada no app Huawei Saúde. Basicamente, a pulseira reconhece que você está adormecido pelo horário e pelos baixos movimentos do seu corpo. Com base nisso, ela consegue estimar os níveis de sono.
Se tiver pouco sono profundo, por exemplo, o app sugere que a pessoa pratique exercícios físicos e tenha alguns cuidados antes de dormir (como evitar telas ou comer alimentos mais leves no período da noite).
Vale a pena?
A Band 6 é uma boa companheira para quem deseja ter um controle melhor das atividades físicas e costuma ser uma boa companheira para quem quer entrar no mundo dos vestíveis.
Ela não tem GPS, o que pode desagradar quem gosta de ter controle dos trajetos durante uma corrida, mas ela consegue dar uma boa noção sobre o quanto que uma pessoa se "movimenta" durante um dia.
O acessório também não tem notificação de aumento repentino de bpm (batidas por minuto), mas fornece uma ideia de como está sua frequência cardíaca (se estiver descansado e estiver alta, talvez valha procurar um médico).
Na estreia, a Huawei Band 6 custava R$ 550. Atualmente, é possível encontrá-la no varejo por R$ 300 — faixa de preço semelhante ao da Mi Band 6, da Xiaomi, que tem funcionalidades semelhantes.
A escolha então entre as concorrentes fica mais pela sua percepção das empresas, uma vez que as tecnologias são parecidas.
O UOL pode receber uma parcela das vendas pelos links recomendados neste conteúdo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.