Raro arco-íris duplo colore o céu de SP e MG; entenda como se forma
Você já viu um arco-íris duplo? Moradores de diversas cidades de São Paulo e Minas Gerais se surpreenderam, no final da tarde desta quarta-feira (19), com um espetáculo no céu. Raro, o fenômeno ocorreu após fortes pancadas de chuvas na região Sudeste.
Confira alguns belos registros que inundaram as redes sociais:
Como se forma?
Um arco-íris "normal" se forma a partir da decomposição da luz solar (branca) em várias cores, ao atravessar gotículas de água nas nuvens. Elas funcionam como pequenos prismas, causando os efeitos de refração e dispersão da luz (lembram da capa do disco The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd?).
Para acontecer, portanto, é necessário haver chuva, seguida de tempo aberto, ensolarado. Por isso, são mais comuns durante a primavera e o verão, quando faz calor com mudanças climáticas repentinas em um mesmo dia. Como a luz é refratada nas gotas, o arco sempre se forma na direção oposta à do Sol - precisamos estar de costas para ele para enxergar.
Este fenômeno óptico exibe diversas cores, ordenadas de arco com seu comprimento de onda, sendo sete mais perceptíveis: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, azul-escuro e violeta. Mas um arco-íris contém toda a faixa do espectro visível ao olho humano - se prestarmos atenção nas fronteiras entre as cores, percebemos outras nuances.
O arco sempre tem um ângulo entre 40 e 42 graus e, na verdade, é uma circunferência completa - mas, devido ao limite do horizonte, só enxergamos uma parte dele. Por esta razão é impossível achar um pote de ouro no final do arco-íris: seu fim não existe e o efeito óptico está inteiramente no céu.
O nome do fenômeno remete ao seu formato visível e à deusa Íris, da mitologia grega. Ela é a mensageira dos deuses, conectando o mundo terrestre e o mundo celeste - como o arco-íris aparenta fazer.
Arco duplo
Um raro arco-íris duplo é criado pelo mesmo processo nas gotas d'água. A diferença é o tamanho dessas gotas: para formar o segundo arco, elas precisam ser maiores, consequência de chuvas mais fortes - como as desta semana.
Gotas grandes permitem que a luz seja refratada duas vezes. Repare nas imagens que o arco superior é sempre mais fraco e tem a ordem das cores invertidas: é como um reflexo do primeiro.
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