Realme GT ME x Moto G100: vale mais um intermediário recheado ou um top?
Quem vai comprar um celular geralmente se pergunta se vale investir a mais para levar um aparelho de categoria superior ou economizar para ter um aparelho com configuração levemente mais modesta, mas recheado de recursos. Essa a diferença geral entre aparelhos intermediários premium e intermediários.
E é justamente essa a briga que trazemos aqui. De um lado, temos o Moto G100, aparelho da Motorola com especificações parrudas que não deixam nada a desejar para modelos bem mais caros. Do outro, Realme GT Master Edition, smartphone da fabricante chinesa Realme que se enquadra na categoria "intermediário premium", compensando um poder de fogo mais modesto com recursos avançados.
Abaixo colocamos a ficha técnica dos modelos para um embate. E aí, quem será que leva melhor?
- Moto G100: 168,4 mm x 74 mm x 9,7 mm (A x L x E); e 207g (peso)
- Realme GT Master Edition: 159,2 mm x 73,5 mm x 8 mm (A x L x E); e 174g (peso)
Em termos visuais, o Moto G100 tem um aspecto relativamente convencional. As bordas que separam a tela do corpo do smartphone são bem aparentes, especialmente no topo e na parte de baixo.
Na traseira, coberta de plástico, há duas opções de cores: um azul brilhante, que muda levemente de tom conforme o ângulo, e um prata. O nicho de câmeras é praticamente quadrado e não destoa muito do conjunto.
Nesse ponto, o aparelho da Realme é mais elegante. Tanto pela cor, com um efeito holográfico mais pronunciado, quanto pela quase ausência de bordas na frente. O nicho de câmeras na traseira é retangular, com as lentes alinhadas na vertical. É uma aparência mais minimalista e sofisticada.
Em relação ao tamanho, o GT Master Edition é mais compacto, com quase 10 mm a menos de comprimento. A largura é bem similar entre os aparelhos, mas os 1,7 mm a menos de espessura fazem do Realme um aparelho que cabe melhor no bolso. Outro ponto a favor do modelo chinês é o peso: são mais de 30g a menos do que o Motorola.
Veredito: Realme GT Master Edition por ser mais compacto, mais leve e mais elegante
- Moto G100: 6,7 polegadas (17,01 cm), IPS LCD, resolução Full HD+ (1.080 x 2.520 pixels), HDR10+ e taxa de atualização de 90 Hz
- Realme GT Master Edition: 6,43 polegadas (16,33 cm), Super Amoled, resolução Full HD+ de 1.080 x 2.400 pixels e taxa de atualização de 120 Hz
Aqui temos uma separação de propostas. De um lado, o Moto G100 aposta no "telão", com um display IPS de 6,7 polegadas em resolução Full HD+. Como não há recortes para as lentes da câmera frontal, apenas pequenos círculos — ainda que um tanto grosseiros —, a área útil da tela é enorme.
O ponto negativo fica por conta da taxa de atualização, de 90 Hz, em um momento no qual aparelhos mais parrudos e até intermediários já utilizam displays com 120 Hz, o que garante imagens mais fluidas em vídeos e jogos.
Neste quesito, o Realme GT Master Edition utiliza uma tela feita pela Samsung. A tecnologia é a Super Amoled e ele tem 6,43 polegadas, um bom meio-termo entre tamanho e praticidade. Outro ponto a favor do aparelho chinês é a taxa de atualização de 120 Hz. A tela só não é inteiriça por conta do furo para a câmera simples dianteira.
Veredito: Realme GT Master Edition por oferecer uma tela que, mesmo menor, possui desempenho superior.
- Moto G100: 5.000 mAh
- Realme GT Master Edition: 4.300 mAh
Aqui o Moto G100 começa a virar o jogo. A bateria de 5.000 mAh é respeitável e, no teste de Tilt, o aparelho conseguiu ficar longe da tomada por dois dias em uso convencional.
O Realme GT Master Edition tem uma reserva de energia mais modesta, de 4.300 mAh, mas que passa longe de ser uma bateria mirrada. A fabricante não informa a autonomia do aparelho, mas a julgar por testes feitos com smartphones com bateria similar, é de se esperar que ele fique em torno de um dia e meio sem precisar de recarga.
Ambos trazem carregador rápido na caixa.
Veredito: vitória do Moto G100, por trazer uma bateria de excelente capacidade.
- Moto G100: câmera tripla traseira (grande angular de 64 MP, ultra-angular de 16 MP e sensor de profundidade de 2 MP) e frontal dupla (grande angular de 16 MP e ultra-angular de 8 MP)
- Realme GT Master Edition: câmera tripla traseira (grande angular de 64 MP, ultra-angular de 8 MP e macro de 2 MP) e frontal simples (grande angular de 32 MP)
Principal
É uma disputa um tanto embolada. Apesar do Moto G100 ter, em teoria, uma câmera tripla, um dos sensores serve apenas para profundidade. Na prática, é como se fosse uma câmera dupla — uma grande angular de 64 MP e uma ultra-angular de 16 MP. No teste do aparelho, os resultados foram apenas regulares.
O Realme GT Master Edition, por sua vez, tem uma câmera tripla "de verdade", sendo um conjunto mais voltado para fotos a média e curta distância, sem teleobjetiva. A lente ultra-angular perde em megapixels para o Motorola, porém há uma série de recursos de tratamento via algoritmos para melhorar a qualidade das fotos tiradas e permitir mais controle ao usuário.
Veredito: vitória do Realme GT Master Edition.
Frontal
A câmera dupla de selfie do Moto G100 pode empolgar na teoria, mas no teste prático de Tilt o resultado deixou a desejar. Um dos pontos mais críticos é o excesso de suavização via software, o que dá um aspecto artificial a fotos do rosto.
Há pouco o que se falar em termos práticos da câmera de selfie do Realme. Ela usa um sensor único feito pela Sony e com 32 MP. A abertura do diafragma não é das maiores, f/2,5, o que significa que, sem um software realmente poderoso, ela pode sofrer um pouco em ambientes mais escuros.
Veredito: Realme GT Master Edition leva a categoria pela menor qualidade das câmeras frontais do Moto G100.
- Moto G100: processador Qualcomm Snapdragon 870 5G (3,2 GHz, octa-core), 12 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento
- Realme GT Master Edition: processador Qualcomm Snapdragon 778G 5G (2,5 GHz, octa-core), 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento
Ao menos no papel, o Moto G100 tem um "motor" mais robusto do que o aparelho da Realme. Afinal, temos aqui um processador de categoria superior e 4 GB a mais de RAM (que ajuda no desempenho).
Seria então uma vitória tranquila do smartphone da Motorola? Não é bem assim.
Apesar de usar um processador mais lento e ter menos RAM, o Realme GT Master Edition marcou resultados bastante similares aos do Moto G100 em testes no software de benchmark do aplicativo Geekbench 5, que mede o desempenho dos núcleos dos processadores.
Na avaliação, o Moto G100 marcou 2.796 pontos contra 2.872 do Realme. No teste de núcleo simples, a situação se inverteu: 961 pontos para o Moto G100 e 785 pontos para o Realme.
Na prática, isso significa que ambos os celulares não devem apresentar engasgos ou gargalos de desempenho para a maioria das atividades.
Apesar de ambos terem 256 GB de capacidade de armazenamento, o Moto G100 leva uma ligeira vantagem aqui já que aceita cartões para expansão.
Veredito: vitória do Moto G100, ainda que por uma pequena margem.
Não há recursos muito extravagantes ou inovadores nos dois aparelhos. O Moto G100 tem o sistema Ready For, que permite ligar o aparelho a um monitor e usá-lo como um PC.
Já o Realme traz um sensor de desbloqueio sob a tela. Ambos têm entrada de 3,5 mm para fones de ouvido.
Veredito: empate.
- Moto G100: R$ 3.059,10 (preço na loja oficial Motorola para a versão de 256 GB)
- Realme GT Master Edition: R$ 2.700 (preço na Amazon, uma das revendas oficiais da Realme)
É aqui que a disputa acaba ficando bastante favorável ao Realme. São quase R$ 350 de diferença no preço dos dois aparelhos.
Além de mais barato, o aparelho chinês vence em quesitos relevantes, como no design, nas câmeras e na qualidade da tela. E mesmo quando é superado pelo Moto G100, como no desempenho e na bateria, a diferença acaba sendo pequena o suficiente para não configurar uma derrota vexatória.
Sendo assim, a vitória deste comparativo acaba sendo do Realme GT Master Edition.
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