EUA usarão cão robô para patrulhar fronteira com México, e são criticados
O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos está implantando cães robôs para patrulhar a fronteira com o México. De acordo com a Diretoria de Ciência e Tecnologia do órgão (S&T, na sigla em inglês), o programa tem como objetivo aumentar a "segurança" na região e reduzir a "exposição humana a riscos que ameaçam a vida".
"A fronteira sul pode ser um lugar inóspito para homens e animais, e é exatamente por isso que uma máquina pode se destacar lá", disse Brenda Long, gerente do S&T, em comunicado.
Quem está colaborando com o projeto é a Ghost Robotics, empresa de tecnologia que implantou um rifle nas costas de um cão robô no ano passado. A tecnologia da empresa já foi comparada a um dos episódios distópicos da série de ficção científica "Black Mirror".
Os cães robôs chegam para, além de patrulhar o território desértico, dedurar refugiados que tentem cruzar a fronteira no sudoeste dos EUA.
As habilidades dos cães robôs estão sendo testadas para completar tarefas como de sentinela e transportar cargas em terrenos acidentados. As máquinas também podem transmitir vídeo em tempo real e coletar outros dados, enviados à equipe humana que o estiver monitorando ou operando.
Precisa disso?
Por mais que o DHS defenda que drones semi-autônomos e cães robôs sejam "multiplicadores de força", a crítica não demorou muito para se manifestar, alegando que o uso de máquinas na patrulha da fronteira é "desumanizante" e "invasivo".
A American Civil Liberties Union, uma organização jurídica de defesa dos direitos civis sem fins lucrativos, disse que o governo de Joe Biden deveria encerrar o programa imediatamente.
"O plano do DHS de usar cães de patrulha robôs em suas fronteiras é um desastre de liberdades civis em formação. O governo deve retirar essa proposta perigosa, e frear a queda de nosso país em uma distopia anti-imigrante", tuitou a ONG.
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