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Troféu do Oscar usa mesma tecnologia que telescópios da Nasa; entenda

Toby Canham/Getty Images
Imagem: Toby Canham/Getty Images

Thaime Lopes

Colaboração para Tilt, em São Paulo

08/02/2022 14h48

Com o anúncio nesta terça-feira (8) dos indicados ao Oscar 2022, a Nasa aproveitou para compartilhar com os fãs do cinema e da ciência uma curiosidade: os troféus entregues pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas usam a mesma tecnologia de revestimento dos telescópios usados para observar galáxias distantes.

A informação foi compartilhada pela agência espacial dos Estados Unidos no perfil no Twitter do telescópio James Webb, o mais avançado já criado até agora.

O [James] Webb pode não fazer parte do #OscarNoms [indicados ao Oscar] de hoje, mas os vencedores terão que agradecer a uma tecnologia da Nasa. O instrumento MIRI possui um tubo de resfriamento que usa a mesma técnica de revestimento de ouro usada pelos Troféus", escreveu.

O MIRI que a agência se refere é a estrutura que une câmera e espectrógrafo de infravermelho médio do telescópio. O conjunto permitirá que ele consiga enxergar o Universo e o seu passado. Alguns objetivos do equipamento é estudar como as primeiras estrelas e galáxias se formaram, e até mesmo as origens da vida.

Segundo a Nasa, o ouro é muito útil no espaço porque reflete bem ondas infravermelhas de luz, permitindo, assim, a detecção de corpos celestes a grandes distâncias, explicou a agência em uma publicação em seu site.

Além disso, o ouro é inoxidável, o que ajuda o metal a bloquear a absorção de calor.

No caso do James Webb, o ouro foi usado em partes da estrutura de revestimento do telescópio de um jeito que ele pudesse ser mais durável. A técnica química para esse objetivo é semelhante a da galvanização.

A empresa Epner Technology foi quem ficou responsável por desenvolver a tecnologia com ouro que compõe os instrumentos da Nasa.

E, em 2016, a companhia passou a atender a Academia do Oscar, justamente por garantir a durabilidade do ouro nas estatuetas — afinal, se ele aguenta o tranco no espaço, as prateleiras dos vencedores são mais do que seguras.

Até então, os troféus eram moldados em uma liga de estanho e depois eram banhados com ouro. Mas isso não impedia que o revestimento ficasse desgastado.

Uma curiosidade sobre o troféu atual é que: se algum vencedor tiver qualquer problema em sua estatueta, a empresa responsável tem uma garantia vitalícia, que troca o troféu imediatamente, e de graça. Mas a chance disso acontecer, segundo ela, é baixa.