Troféu do Oscar usa mesma tecnologia que telescópios da Nasa; entenda
Com o anúncio nesta terça-feira (8) dos indicados ao Oscar 2022, a Nasa aproveitou para compartilhar com os fãs do cinema e da ciência uma curiosidade: os troféus entregues pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas usam a mesma tecnologia de revestimento dos telescópios usados para observar galáxias distantes.
A informação foi compartilhada pela agência espacial dos Estados Unidos no perfil no Twitter do telescópio James Webb, o mais avançado já criado até agora.
O [James] Webb pode não fazer parte do #OscarNoms [indicados ao Oscar] de hoje, mas os vencedores terão que agradecer a uma tecnologia da Nasa. O instrumento MIRI possui um tubo de resfriamento que usa a mesma técnica de revestimento de ouro usada pelos Troféus", escreveu.
O MIRI que a agência se refere é a estrutura que une câmera e espectrógrafo de infravermelho médio do telescópio. O conjunto permitirá que ele consiga enxergar o Universo e o seu passado. Alguns objetivos do equipamento é estudar como as primeiras estrelas e galáxias se formaram, e até mesmo as origens da vida.
For your consideration?#NASAWebb may not be part of today's #OscarNoms, but winners will have NASA technology to thank. Webb's MIRI instrument has a cooling tube that uses the same gold plating technique as the one used for @TheAcademy's trophies: https://t.co/upZNG5QwLd pic.twitter.com/ydhTbD1Cgj
-- NASA Webb Telescope (@NASAWebb) February 8, 2022
Segundo a Nasa, o ouro é muito útil no espaço porque reflete bem ondas infravermelhas de luz, permitindo, assim, a detecção de corpos celestes a grandes distâncias, explicou a agência em uma publicação em seu site.
Além disso, o ouro é inoxidável, o que ajuda o metal a bloquear a absorção de calor.
No caso do James Webb, o ouro foi usado em partes da estrutura de revestimento do telescópio de um jeito que ele pudesse ser mais durável. A técnica química para esse objetivo é semelhante a da galvanização.
A empresa Epner Technology foi quem ficou responsável por desenvolver a tecnologia com ouro que compõe os instrumentos da Nasa.
E, em 2016, a companhia passou a atender a Academia do Oscar, justamente por garantir a durabilidade do ouro nas estatuetas — afinal, se ele aguenta o tranco no espaço, as prateleiras dos vencedores são mais do que seguras.
Até então, os troféus eram moldados em uma liga de estanho e depois eram banhados com ouro. Mas isso não impedia que o revestimento ficasse desgastado.
Uma curiosidade sobre o troféu atual é que: se algum vencedor tiver qualquer problema em sua estatueta, a empresa responsável tem uma garantia vitalícia, que troca o troféu imediatamente, e de graça. Mas a chance disso acontecer, segundo ela, é baixa.
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