Cientistas buscam vida alienígena por 7 horas seguidas e não acham nada
Um time de astrônomos australianos passou horas observando a galáxia em busca de vida extraterrestre, mas não encontraram nada.
Em novo artigo publicado no jornal acadêmico Publications of the Astronomical Society of Australia (Publicações da Sociedade Astronômica da Austrália na tradução livre), a equipe disserta sobre a experiência que usou a rede de mais de 4.000 antenas do Murchison Widefield Array (MWA), um radiotelescópio de baixa frequência localizado no deserto da Austrália.
O time coletou sete longas horas de material procurando por techno-marcadores - sinais transmitidos por vida inteligente - de extraterrestres, mas sem resultados. Eles direcionaram a busca para o centro da galáxia, na localização do Sagittarius A* (lê-se Sagittarius A-estrela), um objeto compacto que se acredita ser um supermassivo buraco negro no núcleo da Via Láctea.
Em seu campo de visão estavam 144 exoplanetas conhecidos e, potencialmente, bilhões de estrelas.
A caça à vida ao redor do centro galáctico é particularmente útil porque a região contém a maior densidade de estrelas dentro de nossa galáxia.
Em entrevista ao portal estrangeiro "Cnet", Chenoa Tremblay, principal autor do estudo, explica que onde há estrelas, pode haver planetas e onde há planetas, há possibilidade de vida. "Nossos modelos e grande catálogo de sistemas solares conhecidos sugerem que há grandes chances de planetas habitáveis em direção ao centro galáctico", diz o pesquisador.
A busca foi realizada usando frequências de rádio de 155 megahertz (MHz), a primeira deste tipo. Isso reduziu a chance de captar comunicações e interferências diárias da Terra. Pesquisas anteriores focaram em frequências mais baixas, entre 98 e 133 MHz.
Vida alienígena em exoplanetas
Exoplanetas são lugares interessantes para procurar por sinais de vida alienígena. Pesquisas anteriores sobre o centro galáctico, feitas em 2013, consideravam apenas 38 exoplanetas conhecidos. Estudos mais recentes atualizaram o número total para 144.
Mas isso pode não ser nem o começo do que está no núcleo da nossa galáxia, então é possível que ainda existam muito mais planetas para serem descobertos.
Para se ter uma ideia, não conseguimos nem determinar com precisão o número de estrelas que o MWA consegue alcançar devido a grandes quantidades de poeira cósmica, que interferem nas leituras.
Como base, a equipe de Tremblay usou uma pesquisa conhecida como Galactic Nucleus, que classificou 3,3 milhões de estrelas. No entanto, esta pesquisa cobre menos de 1% da área analisada pelo MWA.
"Se extrapolarmos isso, estamos cobrindo bilhões de sistemas estelares até o centro de nossa galáxia", declarou o astrônomo ao "Cnet".
Isso traz, em teoria, muitas chances de ouvir evidências de vida fora da Terra. No entanto, ainda é apenas uma mera gota no oceano cósmico e há muitos outros lugares de onde techno-marcadores extraterrestres podem estar emanando. Isso claro, assumindo que essas tecnologias alienígenas estão usando as mesmas tecnologias de transmissão que nós.
O jeito é não desistir e continuar procurando.
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