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Pesado e familiar: as primeiras impressões de quem já testou o Galaxy S22

O youtuber Marques Brownlee com o recém-lançado Galaxy S22 em mãos - Reprodução/MKBHD
O youtuber Marques Brownlee com o recém-lançado Galaxy S22 em mãos Imagem: Reprodução/MKBHD

Aurélio Araújo

Colaboração para Tilt, em São Paulo

10/02/2022 04h00

A Samsung lançou nesta quarta-feira (9), nos Estados Unidos, Coreia do Sul e parte da Europa, sua nova linha de celulares. São três modelos: Galaxy S22, S22+ e S22 Ultra, cada um com suas características próprias. O Ultra, modelo mais caro de todos, chega a se parecer com uma continuação da linha Galaxy Note.

Embora ainda não tenham previsão de lançamento no Brasil, os novos aparelhos já caíram nas mãos da imprensa especializada estrangeira e de alguns youtubers que falam de tecnologia. Veja as primeiras impressões de quem já testou os modelos a seguir.

O que há de novo no Galaxy S22?

A linha Galaxy S22 conta com algumas semelhanças que conectam os três aparelhos. Todos eles têm o processador Snapdragon 8 Gen 1, a última geração da Qualcomm, com desempenho quatro vezes mais rápido do que seu antecessor.

Além disso, os novos S22 possuem corpo que combina metal e vidro, uma câmera para selfies que tem 40 MP e uma tela com taxa de atualização de 120 Hz (quando mais alto esse número, mais suave a geração de imagens).

De diferente entre eles, temos o tamanho. O Galaxy S22 é bem menor que seus irmãos Plus e Ultra: o mais básico da linha tem tela de 15,4 cm, enquanto os mais avançados possuem uma tela de 17,2 cm. No peso, porém, isso dá uma vantagem ao S22: são 168 gramas, contra 196 gramas do Plus e 229 gramas do Ultra.

Em termos de preço, o Galaxy S22 foi lançado por US$ 800 (R$ 4.180, em conversão direta na cotação atual), enquanto o Galaxy S22 Plus sai por US$ 1.000 (R$ 5.230). O Galaxy S22 Ultra, por sua vez, está custando US$ 1.200 (R$ 6.276).

S22 Ultra: um 'phablet'

Segundo quem já experimentou, o S22 Ultra parece ter sido desenvolvido mirando os fãs de "phablets" —mistura de "phone" (telefone, em ingês) e "tablet". Mais especificamente a extinta linha Galaxy Note.

"Eu não ficaria surpreso se, nos bastidores, a Samsung tivesse desenvolvido um Note 22 Ultra e um Galaxy S22 Ultra e, ao compará-los, tenha chegado à conclusão de que não havia diferença o suficiente. Aí, descartaram o S22 Ultra e colocaram o Note 22 Ultra no topo da linha", comentou o youtuber Marques Brownlee, do canal MKBHD, especializado em tecnologia.

O site Android Authority, que cobre celulares que utilizam sistema operacional Android, afirma que o Galaxy S22 Ultra "combina o que há de melhor" nos seus antecessores, o Galaxy S21 Ultra e o Galaxy Note 20 Ultra.

Em texto sobre as primeiras impressões do S22 Ultra, há destaque para o aumento da capacidade da bateria: se o Note 20 tinha 4.500 mAh nessa categoria, o Galaxy S22 Ultra salta para 5.000 mAh. O lado negativo, entretanto, é que, pelo menos nos EUA, o telefone não é vendido com um carregador na caixa.

Os mais acessíveis: S22 e S22+

Os modelos menos impressionantes (e, claro, menos caros) da linha Galaxy S22 também ganharam destaque na cobertura de tecnologia na imprensa internacional. No Android Authority, por exemplo, um texto afirma que eles possuem "performance poderosa" devido ao processador de última geração.

Há muitas semelhanças, porém, entre eles e seus antecessores da linha Galaxy S21, lançada no ano passado. O site CNET lembra que a Samsung lançou há um mês o Galaxy S21 FE, a versão mais barata da linha anterior.

"Essencialmente, a atual série S da Samsung coloca o Galaxy S22 e o S22+ numa estranha situação de 'filho do meio'. Custando US$ 800, o Galaxy S22 é US$ 100 mais caro que o Galaxy S21 FE, que tem apenas um mês de idade. Isso torna a escolha entre os aparelhos uma decisão difícil", diz o site.

A diferença pode estar no processador mais rápido, ou mesmo em câmeras melhores, mas, na conversão, o S22 custaria mais de R$ 500 acima do S21 FE, o que não é muito encorajador.

A protuberância para as câmeras, que está ausente do Galaxy S22 Ultra, ainda marca presença nos seus irmãos menos poderosos. Além disso, a parte traseira trocou o plástico pelo vidro nos dois aparelhos, o que é uma evolução em comparação à linha S21.

Mas, na comparação entre os dois aparelhos, tirando as diferenças de tamanho e peso já destacadas, a primeira impressão é de que os dois são muito parecidos —ou "praticamente idênticos", de acordo com o Android Authority. "É evidente que a Samsung não fez nada de radical redesenhando esses dois. Na verdade, ela mais ou menos manteve tudo como era nos modelos do ano passado, com ajustes sutis aqui e ali", diz o site.

Em seu vídeo de primeiras impressões dos telefones, Brownlee nota que houve uma redução na capacidade da bateria dos celulares: enquanto o Galaxy S21 tinha bateria de 4.000 mAh e o S21 Plus tinha bateria de 4.800 mAh, seus sucessores têm, respectivamente, 3.700 mAh e 4.500 mAh. É uma consequência da redução de tamanho dos aparelhos.

No geral, porém, Brownlee concorda que não há grandes mudanças. "O ditado diz que 'se não está quebrado, não conserte'. Então, eles não consertaram."