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Meteoro brilhante e explosivo é flagrado no céu de Petrópolis; veja imagens

Bólido foi registrado por duas estações de monitoramento astronômico - Jorge Maiworm/Exoss
Bólido foi registrado por duas estações de monitoramento astronômico Imagem: Jorge Maiworm/Exoss

08/03/2022 18h32

Na noite de ontem (7), por volta das 22h30, um meteoro riscou os céus da região da Serra de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Muito brilhante e explosivo, ele é classificado por astrônomos como um bólido.

O fenômeno foi registrado por câmeras de monitoramento associadas ao projeto brasileiro Exoss, uma plataforma colaborativa de estudo de meteoros. Veja o vídeo com um compilado de imagens:

Quem tiver visto ou registrado o bólido, pode enviar o relato e/ou imagens neste link, e contribuir para ciência. O Exoss participa do CAMS/SETI, da Nasa, que monitora meteoros pelo mundo todo.

Provavelmente, o evento foi causado por "algum pequeno resto de cometa ou asteroide, que ao adentrar a atmosfera terrestre em alta velocidade teve seus restos de material vaporizado pelo impacto cinético", explica Marcelo De Cicco, coordenador do projeto e autor de algumas das imagens.

Meteoro, fireball ou bólido?

Quando uma pequena rocha espacial (também chamada de meteoroide) atinge a atmosfera da Terra em altíssima velocidade, o atrito com o ar provoca o aquecimento e ionização dos gases ao seu redor, gerando o fenômeno luminoso que chamamos de meteoro —ou estrela cadente.

Dependendo de sua intensidade e comportamento, um meteoro pode ser classificado como fireball (bola de fogo) ou bólido. O primeiro, como o nome diz, é bem grande e brilhante; o segundo, também muito luminoso, deixa uma trilha ionizada duradoura, e ao final explode.

Ambos são causados por algum fragmento de rocha maior do que aquele que geraria um meteoro "comum". Mesmo assim, são inofensivos: na maioria das vezes, a rocha é completamente vaporizada durante sua passagem pela atmosfera.

Dependendo de certas condições —como tamanho, composição e ângulo de entrada —, partes do meteoroide podem sobreviver ao processo, deixando fragmentos em solo, que recebem o nome de meteoritos. Ao que tudo indica, o evento de ontem em Petrópolis não resultou em meteoritos.