Micro-ondas sem prato: como funciona e o que ele tem de diferente?
O lançamento de um novo forno da Philco marcou a reentrada dos micro-ondas sem prato giratório no mercado nacional. Embora não fossem uma novidade, eles andavam ausentes das prateleiras.
Anunciado pela empresa em fevereiro, o forno Philco PMO28TF Flat não possui o prato em que, tradicionalmente, coloca-se a comida para ser aquecida enquanto ele gira dentro do micro-ondas.
Com isso, ganha-se espaço para que travessas e pratos maiores sejam colocados no micro-ondas — pelo menos é o que a Philco diz em seu site oficial.
Antes dela, outras marcas conhecidas de eletrodomésticos, como a Eletrolux e a Brastemp, já haviam experimentado com modelos assim no Brasil, embora essas linhas já tenham sido descontinuadas.
Ainda em seu site, a Philco garante que o aparelho tem "aquecimento potente e uniforme" devido ao que chama de uma "tecnologia exclusiva" batizada de "raios duplos".
Então, afinal, será que um micro-ondas precisa de prato giratório? Como funciona o aquecimento quando esse item está ausente?
Como funciona um micro-ondas
Os fornos micro-ondas foram criados para que se pudesse aquecer ou mesmo cozinhar comida de forma rápida, acelerando o processo que ocorre em fornos normais. Isso é feito por meio da emissão de radiação eletromagnética não ionizante (ou seja, de baixa frequência e de baixa energia) dentro do aparelho.
Como a frequência dessa radiação emitida está dentro da frequência das micro-ondas (entre 300 MHz e 300 GHz), o eletrodoméstico foi batizado dessa forma. A radiação faz com que as moléculas de água dos alimentos tenham sua agitação aumentada, aquecendo-os de fora para dentro.
Portanto, o próprio micro-ondas foi inventado sem que houvesse a necessidade do prato giratório dentro dele. Esse elemento foi implementado na maioria dos fornos desse tipo porque chegou-se à conclusão que a comida era aquecida de forma desigual: algumas partes ficavam bastante quentes, em especial nas extremidades, e outras continuavam frias, em especial no centro.
A solução para isso foi fazer com que a comida se mexesse dentro do forno. Daí a invenção do prato giratório, que substituía de forma prática a solução de, por exemplo, pausar o aquecimento e mover a comida com as mãos ou com talheres.
O prato giratório foi implementado na maioria dos modelos de micro-ondas antes mesmo que esses fornos se tornassem populares, razão pela qual eles são tão associados um ao outro.
Sem prato giratório, como faz?
O prato giratório foi só a mais famosa das soluções que a indústria de eletrodomésticos encontrou para o problema do aquecimento desigual. Uma outra era fazer com que a antena responsável pelas micro-ondas fosse movida por um motor, o que causava um efeito similar de distribuir o calor, comparável ao ato de mover a comida.
Segundo informações do site gastronômico "Kitchen Cuddle", é assim que funcionam hoje a maioria dos modelos sem o prato giratório. Há motores rotativos dentro dos dois tipos de micro-ondas. Mas a diferença é que, com o prato giratório, esse motor mexe no prato. Já sem ele, o motor aciona lâminas de agitação ocultas na base do micro-ondas.
Essas lâminas ajudam a garantir que os alimentos sejam aquecidos uniformemente. Além de dar mais espaço para a comida, micro-ondas sem prato giratório são mais fáceis de limpar e fazem menos sujeira ao mover os alimentos. Por outro lado, eles custam mais caro e seus modelos mais básicos fazem menos operações que um micro-ondas comum, com prato.
Assim, o micro-ondas sem prato acaba sendo mais recomendável a quem usa muito o aparelho. Por exemplo, na copa de um local de trabalho onde dezenas de pessoas usam o micro-ondas todos os dias, ele é uma opção mais interessante: suja menos e é mais fácil de limpar.
No caso específico do Philco PMO28TF Flat, ele é vendido pela fabricante em seu site a R$ 999,90, mas pode ser encontrado até por R$ 779,99 em outros comércios eletrônicos.
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