Topo

Como nanorrobôs dentro do corpo humano poderão combater doenças

iStock
Imagem: iStock

Colaboração para Tilt, em São Paulo

29/03/2022 16h36

Já imaginou se fosse possível que milhares de robôs, menores do que um fio de cabelo, pudessem ser injetados em humanos para ajudar no tratamento de doenças? Parece história de filme de ficção científica, mas, ao que tudo indica, é uma técnica que pode avançar em alguns anos, segundo pesquisadores australianos.

Os cientistas das Universidades de New South Wales, de Sydney e de Wollongong estudam o desenvolvimento de um "enxame" de dezenas de milhares de nanorrobôs —também chamados de máquinas moleculares autônomas.

Na prática, essas tecnologias conseguiriam ser programados para caçar bactérias, vírus e até mesmo células cancerígenas dentro de nossos corpos. E, uma vez encontrado o problema, os robôs montariam suas proteínas para ajudar a eliminar a ameaça, segundo informações do site The Next Web.

Como funciona?

Os nanorrobôs têm nanômetros (um bilionésimo de metro) em tamanho, e são feitos de DNA e proteínas. Eles são considerados máquinas moleculares autônomas justamente porque o DNA é uma máquina de automontagem. Ou seja, o código genético tem a capacidade de agregar espontaneamente suas estruturas.

É isso, por exemplo, que faz com que os nossos braços cresçam mais ou menos na mesma proporção durante o desenvolvimento do corpo.

E, segundo os pesquisadores, os nanorrobôs podem transferir mais do que informações de DNA, já que também poderia fornecer qualquer combinação concebível de proteínas em um determinado sistema biológico.

Logo, seria como ter um exército de robôs com inúmeros recursos defensivos em sua corrente sanguínea —e com a capacidade de destruir qualquer rival que invadisse seu território.

Tecnologia ainda está longe de ser finalizada

Pode ser empolgante a iniciativa dos pesquisadores australianos, mas ainda estamos longe de ter algo do tipo sendo colocado em prática. Essa foi a primeira vez demonstração da capacidade de um nanorrobô de DNA funcionar dessa forma.

O estudo indica apenas que, em que no futuro, poderá ser possível que os cientistas desenvolvam maneiras para que os seres humanos possam ter sistemas de computadores moleculares instalados dentro de seus corpos.

A parte de utilizá-los para tratar doenças pode chegar em um século ou dois, segundo os pesquisadores.

*Com informações do site The Next Web.