Hackers fingem ser policiais para roubar dados de clientes da Apple e Meta
A Apple e a Meta, empresa responsável pelo Facebook, foram alvos de um golpe de engenharia social que resultou no fornecimento de dados de clientes para cibercriminosos. Os hackers em questão se disfarçaram de policiais e emitiram supostas solicitações às diretorias das duas big techs, que acabaram cedendo as informações.
Segundo reportagem da Bloomberg, que ouviu três fontes ligadas ao caso, há a suspeita que os criminosos envolvidos no caso são menores de idade que vivem no Reino Unido e nos Estados Unidos. Eles teriam usado emails hackeados de agências oficiais de segurança de diversos países. Por isso, quando os pedidos chegaram às companhias, não havia como desconfiar.
Segundo fontes, os documentos incluíam assinaturas forjadas e os cibercriminosos podem ter utilizado modelos de solicitações legítimas para criar as falsificações.
As informações obtidas podem ter ajudado os hackers a participar de esquemas de fraude financeira. Ao conhecer os dados da vítima, os criminosos podem usá-los na tentativa de burlar a segurança da conta.
Colaboração constante
No ano passado, as duas empresas entregaram sem desconfiar informações como endereço, telefone e IP de clientes ao responderem a uma solicitação de emergência que havia sido forjada por criminosos. Esses pedidos, normalmente, não exigem uma ordem judicial.
O número de clientes que tiveram seus dados envolvidos no golpe não foi divulgado. Sabe-se que de julho a dezembro de 2020, a Apple recebeu 1.162 solicitações de emergência de 29 países. De acordo com seu relatório, a Apple forneceu dados em resposta a 93% dessas solicitações.
A Meta disse que recebeu 21.700 solicitações de emergência de janeiro a junho de 2021 globalmente e forneceu alguns dados em resposta a 77% das solicitações.
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