Polêmico ou sincero? 10 vezes que Elon Musk 'causou' na internet
Dono da Tesla e da SpaceX, o empresário Elon Musk aparece hoje, pela primeira vez, como o homem mais rico do mundo no ranking da revista Forbes. A fortuna estimada é de US$ 219 bilhões (R$ 1,021 trilhão), superando Jeff Bezos, da Amazon, que acumula US$ 171 bilhões (R$ 797,25 bilhões).
Musk apareceu no topo da lista dos bilionários um dia depois de ter comprado 9% das ações do Twitter por US$ 2,9 bilhões (R$ 13,3 bilhões).
Mas o bilionário sul-africano não tem notoriedade apenas por seu tino para os negócios. Ele também sabe fazer polêmica, tanto na vida profissional quanto na pessoal.
Tilt lista abaixo os momentos que Musk não ligou para os críticos e causou na internet.
Tretas com o Twitter
Antes de comprar parte da rede social, o empresário a criticou por não se guiar pelo princípio da liberdade de expressão e por estar "minando a democracia".
Na ocasião, Musk chegou a sugerir que criaria uma rede social sem um algoritmo para definir o que aparece no feed dos usuários. Não se sabe se esse novo conceito de linha do tempo será colocado em prática no Twitter, agora que ele é o acionista majoritário.
Na plataforma desde 2009 e com mais de 80 milhões de seguidores, Musk também chegou a publicar uma enquete cutucando o passarinho azul com a pergunta: "Liberdade de expressão é essencial para o funcionamento da democracia. Você acredita que o Twitter cumpre rigorosamente este princípio?"
A maioria dos respondentes (70,4%) disse que não. A enquete teve mais de 2 milhões de votos.
Luta contra Putin
Dez dias após a Rússia entrar com suas tropas na Ucrânia, Musk chamou o presidente Vladimir Putin para uma "luta um contra um". O ganhador ficaria com o país invadido.
O líder da República da Chechênia e aliado de Putin, Ramzan Kadyov, respondeu que Musk lutaria em uma categoria fora de seu peso e contra um oponente "masculino".
Musk dobrou a aposta durante uma troca de mensagens posterior e, inclusive, mudou seu nome temporariamente para "Elona" na rede social para zombar dos comentários machistas de Kadyrov.
Briga espacial
Bezos também virou desafeto de Musk por causa da "corrida espacial" privada que ambos disputam. O dono da Amazon comanda a Blue Origin, concorrente direta da SpaceX.
Em agosto de 2021, Bezos chegou a apresentar uma queixa contra a rival junto ao FCC (Comissão Federal de Comunicações, órgão regulador da área de telecomunicações dos Estados Unidos).
A intenção era impedir que a SpaceX colocasse em órbita mais uma frota de satélites da Starlink, empresa de Musk focada na transmissão de sinal de internet.
Como é de seu feitio, Musk retrucou em suas redes sociais, dizendo que Bezos havia se aposentado dos negócios para se dedicar a processos contra a SpaceX.
Multado e "demitido"
Em agosto de 2018, Musk acabou entrando na mira dos reguladores da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) após tuitar que tiraria a Tesla da bolsa.
"Estou considerando privatizar a Tesla a 420 dólares [por ação]", tuitou.
O mercado reagiu ao comentário, que Musk nunca cumpriu. Um acordo dos reguladores americanos, que acusaram Musk de enganar os investidores, resultou em sua demissão como presidente da Tesla e o pagamento de uma multa de US$ 20 milhões.
Chip no cérebro
Recentemente, a internet repercutiu uma ideia do empresário: a instalação de chips no cérebro.
Após testes em animais como porcos e macacos, sua empresa Neuralink está se preparando para realizar os primeiros testes em seres humanos neste ano.
O objetivo da startup, criada há apenas cinco anos, é implantar um chip do tamanho de uma moeda no cérebro de pessoas com deficiências motoras, como tetraplégicos. A ideia não é fazer com que ele ande, mas sim, fazer com que alguém incapaz de se mexer consiga controlar seu computador com a mente.
Porém, uma parcela da comunidade científica se posicionou, alertando que talvez a humanidade ainda não esteja preparada para esse salto e que o assunto deveria ser melhor discutido antes de qualquer aplicação prática.
Empregos em Marte
Se está difícil arrumar algum emprego na Terra, imagine em Marte. Mas, para Musk, isso será possível em 2050. É quando ele estima que o planeta vermelho alcançará um milhão de habitantes, "com muitos empregos".
O projeto ambicioso, contudo, não parece tão fácil de ser concretizado, como o bilionário propôs em suas redes sociais. Especialistas ouvidos por Tilt, por exemplo, estimam que isso demandará pelo menos mais 200 anos só de pesquisa.
Trabalha quem quer?
Para Musk, sim. Ele "causou" em agosto passado ao dizer que, em um futuro próximo, o "trabalho físico será uma escolha". O argumento do empresário passa por um dos novos projetos da Tesla: um robô capaz de executar tarefas braçais.
Segundo o empresário, o robô terá 1m72 de altura e 68 kg e será comandado por algoritmos de inteligência artificial. Ele custará 125 libras estelinas (R$ 761).
Brincadeira com o nome do filho
Nem no nascimento do próprio filho Musk fugiu dos holofotes.
Ao publicar uma foto segurando o bebê, o sul-africano disse que o nome seria "X Æ A-12 Musk", sem deixar claro se estava brincando ou não.
Minimizou pandemia
Em março de 2020, ele minimizou a pandemia do novo coronavírus, classificando "o pânico" em relação a covid-19 como "burro".
Em um email para funcionários da Tesla ele até afirmou (sem dizer a fonte dos dados) que acidentes de carros matavam mais do que a doença.
Dois anos depois do início da pandemia, o mundo tem 6,5 milhões de mortes decorrentes da covid-19, sendo 981 mil somente nos Estados Unidos, onde Musk vive com a família.
Falta de classe
Em julho de 2019, Musk acabou absolvido em um processo por difamação movido pelo espeleólogo britânico Vernon Unsworth, que alegava ter sido chamado de pedófilo pelo magnata.
Após cerca de uma hora de deliberações, o júri de um tribunal de Los Angeles inocentou Musk de qualquer responsabilidade. Unsworth exigia uma indenização de US$ 190 milhões.
Musk atribuiu a prática criminosa a Unsworth após o britânico dizer que não daria certo a solução do bilionário para resgatar jovens presos em uma caverna na Tailândia. Ele sugeriu utilizarem um submarino.
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