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Startup quer fazer humanos sentirem dor no metaverso; veja vídeo

Para explorar o metaverso é preciso usar óculos de realidade virtual - rawpixel.com/ Freepik
Para explorar o metaverso é preciso usar óculos de realidade virtual Imagem: rawpixel.com/ Freepik

Colaboração para Tilt*, em São Paulo

11/04/2022 12h27Atualizada em 11/04/2022 19h33

Usar um acessório para conseguir obter sensações físicas reais — como dor— dentro de um metaverso. É o que a startup japonesa H2L, apoiada pela empresa Sony, afirma ter desenvolvido para as pessoas usarem no ambiente virtual.

A tecnologia é uma espécie de pulseira com sensores que detectam a flexão de músculos humanos. Com estimulação elétrica, o dispositivo imita as sensações do mundo virtual e reproduz no externo. Assim, uma pessoa consegue, por exemplo, sentir o peso de objetos que estão segurando no metaverso, segundo informações do site Financial Times.

"Sentir dor nos permite transformar o mundo metaverso em um mundo real, com maiores sentimentos de presença e imersão", disse Emi Tamaki, diretora-executiva e cofundador da empresa com sede em Tóquio.

A tecnologia começou a ser vendida no Japão por 9.980 ienes (quase R$ 370,00 em conversão direta). Confira abaixo um vídeo mostrando a tecnologia na prática:

Não é só para sentir dor

Ao usar o dispositivo, a promessa é de que um avatar circulando pelo metaverso poderá copiar os movimentos do usuário ao longo da imersão no mundo digital.

Sendo assim, uma pessoa conseguiria, por exemplo, pegar uma bola no ambiente virtual e sentir seu peso e a sensação física de segurá-la.

Se um pássaro surgisse e bicasse a mão da pessoa, ela sentiria imediatamente a dor e o incomodo.

Tamaki afirma que a tecnologia háptica (ligada ao tato) tem o propósito de causar experiências mais imersivas. A ideia surgiu a partir de experiências pessoais.

Quando adolescente, ela quase morreu por conta de uma doença cardíaca congênita, que acabou limitando o acesso dela ao mundo exterior.

"Pessoas como eu, que não podem sair com frequência, porque não têm músculos suficientes devido a uma doença cardíaca, podem viajar para qualquer lugar, a qualquer hora", afirma.

De acordo com Tamaki, o objetivo é "libertar os humanos das limitações de espaço, tempo e corpo" até 2029.

*Com matéria dos sites Financial Times