Freestyle: projetor da Samsung transforma parede da sala em TV por R$ 6.999
Um projetor portátil que transforma qualquer superfície, como a parede da sala, numa smart TV. Essa é a proposta do Freestyle, lançado hoje (13) no Brasil pela Samsung. O aparelho foi anunciado pela primeira vez em janeiro deste ano, durante a feira de tecnologia CES 2022.
O produto, que nos Estados Unidos custa US$ 899, chega no mercado nacional por R$ 6.999. Um dos destaques é que ele é compatível com sistemas comandos de voz (como a Alexa, da Amazon).
Quem comprar durante o período de pré-venda leva para casa também um estojo de transporte para o projetor, que posteriormente será vendido por R$ 400, e uma Sound Tower, caixa de som de 1 metro de altura (vendida separadamente custa cerca de R$ 1.200).
O que tem de novidade?
O Freestyle consegue projetar imagens superfícies como parede ou teto com ajuda de uma base inclinável que pode girar em 180º.
A resolução é Full HD (1.920 x 1.080 pixels), e o tamanho da "tela" que ele ajuda a formar pode variar entre 30 e 100 polegadas (76,2 cm e 254 cm, respectivamente), dependendo da distância entre o dispositivo e a superfície sobre a qual ele está projetando.
Ele também vem com apps de streaming de vídeo pré-instalados, como Netflix, Amazon Prime Video, YouTube e Apple TV+, e pode espelhar o conteúdo de uma televisão Samsung para quem quiser ver canais de TV aberta. Dá até para conectá-lo a um videogame por meio de um cabo HDMI (vendido separadamente).
O Freestyle vem também com um controle remoto na caixa, mas você também pode controlá-lo usando o aplicativo Smart View, disponível para celulares Android e iPhone. Ele também tem suporte ao AirPlay, tecnologia que permite espelhar a tela de um iPhone ou iPad.
Além disso, o produto vem com uma tampa de plástico translúcida para a lâmpada que ajuda a transformar o projetor numa luminária, além do cabo para conectar na tomada. A Samsung também pretende lançar outros acessórios no futuro, como uma base carregadora, que dispensa o uso de cabos, e capas coloridas.
Nos EUA, a marca também oferece um adaptador que permite pendurar o Freestyle no teto e usá-lo como uma lâmpada inteligente, mas este acessório não tem previsão lançamento no Brasil.
Luminária e caixa de som
No posicionamento do produto no mercado, a Samsung faz questão de dizer que o Freestyle não é "só" um projetor.
Além do preço, que o diferencia de outros aparelhos da categoria (há opções no mercado hoje custando menos de R$ 1.000) é que ele também funciona:
- como luminária.
- segunda tela: por exemplo, para espelhar imagens maiores da tela do celular.
- alto-falante inteligente com caixa de som: compatível com assistentes virtuais Alexa e Bixby -- suporte ao Google Assistente ainda está em desenvolvimento. É possível pedir a previsão do tempo, aumentar o volume, mudar a intensidade da luz ou fazer buscas no YouTube ou outros apps, tudo com a voz.
Show de luzes
Segundo a fabricante, o Freestyle é capaz de se conectar por Bluetooth ao seu celular para tocar música com um recurso extra: ele exibe um show de luzes sincronizado com a canção que a pessoa estiver ouvindo no momento.
O som é emitido em 360 graus para criar um ambiente mais imersivo.
É (quase) todo portátil
Embora as dimensões compactas façam do Freestyle um aparelho descrito como "portátil", ele ainda precisa ser conectado à tomada para funcionar. A vantagem é que o produto é compatível com baterias externas de conexão USB com, no mínimo, 20.000 mAh de potência — como aquelas que servem para recarregar celulares, por exemplo.
Segundo Guilherme Campos, gerente de produtos da divisão de TVs da Samsung, a empresa está tentando convencer varejistas a expor o Freestyle não só na categoria "projetores", mas também em "televisores", em lojas físicas e no ecommerce.
"Não posso dizer que isso é uma smart TV portátil — ele exibe imagens através de projeção, tem uma lâmpada. Mas em toda a nossa comunicação estamos dando a conotação de que é um projetor portátil que mais se assemelha a uma smart TV", explica Campos, responsável pelo desenvolvimento do novo aparelho, em entrevista a Tilt.
Primeiras impressões
Durante a demonstração do produto em São Paulo e na CES, realizada nos Estados Unidos, Tilt pôde acompanhar o funcionamento do Freestyle em diferentes simulações de ambientes de uma casa.
O ajuste automático é o que mais impressiona: você pode mudar a posição e a inclinação do aparelho à vontade, e a imagem sempre fica "reta" e bem focada automaticamente. O processo leva segundos para ser executado.
Chama a atenção também o ajuste de cor: mesmo que você não tenha uma parede branca, o projetor compensa as cores da superfície para garantir que elas saiam o mais precisas possível. Também não é perfeito, mas é bom o suficiente para não incomodar.
Em em São Paulo, num cenário que simulava uma sala de estar, por exemplo, a Samsung colocou o Freestyle para projetar um filme da Netflix na parede, como se fosse uma TV de 100 polegadas.
Num outro canto da demonstração, onde o Freestyle ficava ligeiramente "de lado" para a parede, um lado da imagem ficou mais desfocado que o outro. Segundo a Samsung, esse problema não atingirá as unidades que estarão à venda para os brasileiros. O aparelho era apenas para apresentação e não a versão final do dispositivo, acrescentou a empresa.
Vai substituir a smart TV?
Não, o Freestyle não substitui por completo uma smart TV. A resolução Full HD é visivelmente limitada quando a projeção fica no tamanho máximo, em 100 polegadas — dá para ver os pixels que deixam a imagem parecendo um vídeo mal carregado.
Para a Samsung, isso não é um problema porque o Freestyle não é voltado a um público que se preocupa tanto assim com resolução e brilho. É para quem deseja um produto mais versátil (já que é também luminária e caixa de som).
Segundo a empresa, o público-alvo do lançamento envolve jovens "descolados" da geração Z — nascidos entre o fim dos anos 90 e o começo dos anos 2000 —, que, de acordo com pesquisas da marca, ligam mais para portabilidade do que para especificações técnicas.
*Colaborou Bruna Souza Cruz, de Tilt.
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