Comprado por US$ 2,9 mi, NFT do primeiro tweet encalha em leilão fracassado
Adquirido por US$ 2,9 milhões em março de 2021, o NFT do primeiro tweet feito pelo cofundador do Twitter foi a leilão esta semana. O evento terminou hoje (14) com o lance máximo de apenas US$ 6.222,36 — aproximadamente 0,2% do valor original.
O atual dono do token não fungível, o empreendedor em criptoativos iraniano Sina Estavi, ficou surpreso com os lances baixos. Uma das ofertas foi de míseros US$ 278.
Estavi comprou a obra quando foi leiloada na plataforma digital Valuables pelo próprio presidente do Twitter, Jack Dorsey. Na época, chegou a chamá-la de "Monalisa do mundo digital".
Sua expectativa era arrecadar até US$ 48 milhões na revenda (e 50% seria doado à ONG GiveDirectly, que ajuda famílias em extrema pobreza na África Oriental). Ele afirma que, antes do lelilão, chegou a receber ofertas de até US$ 10 milhões.
Elon Musk, me salva
Frustrado, Estavi não aceitou os lances oferecidos pelos participantes e encerrou o processo.
"O prazo que estabeleci acabou, mas se eu receber uma boa oferta, posso aceitá-la. Talvez nunca venda [o NFT]", declarou à CoinDesk, via WhatsApp.
Ele também diz que, a partir de agora, não aceitará propostas de qualquer um.
"Acho que alguém como Elon Musk poderia merecer este NFT", afirmou à BBC Internacional.
NFT na prática
A popularidade dos NFTs cresceu em 2021, com o surgimento de mercados digitais como OpenSea e Valuables, oferecendo "títulos por obras digitais".
Na prática, cada NFT possui sua própria assinatura digital organizada em blockchain, espécie de registro público que torna possível a qualquer pessoa verificar a autenticidade e propriedade do ativo. Dessa forma, o proprietário de um NFT consegue oficializar que é dono do item — e, se tiver interesse, vender seu "direito" a outra pessoa.
Como comprador, Estavi recebeu um certificado assinado digitalmente e verificado por Dorsey, bem como os metadados do tweet original.
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