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Agência espacial da Europa 'bloqueia' Rússia de missões na Lua; entenda

Agência europeia interrompe missão para Lua com Rússia - ESA
Agência europeia interrompe missão para Lua com Rússia Imagem: ESA

Da Ansa, em Milão

18/04/2022 12h18Atualizada em 18/04/2022 12h34

A Agência Espacial Europeia (ESA) vai interromper a cooperação com a Rússia nas missões Luna-25, 26 e 27 por conta da guerra na Ucrânia, anunciou o órgão nesta quarta-feira (13).

"Assim como para a ExoMars, a agressão russa contra a Ucrânia e as consequentes sanções colocadas em prática representam uma mudança fundamental das circunstâncias e tornam impossível para a ESA aplicar a prevista cooperação lunar", informa em nota.

O comunicado ainda destaca que a ciência e a tecnologia da ESA para essas missões lunares "permanecem de vital importância" e que uma "segunda oportunidade de voo já foi assegurada a bordo de uma missão CLPS (Commercial Lunar Payload Services) liderada pela Nasa para o Prospect, o 'pacote' formado por uma broca lunar e um minilaboratório para a missão Luna-27".

"Uma oportunidade de voo alternativo para testar a câmera de navegação da ESA conhecida como Pilot-D (planejada para o Luna-25) já foi comprada de um fornecedor de serviços comerciais. Ao mesmo tempo, está em fase de definição uma solução para a tecnologia Pilot para uma aterrissagem de precisão e para a prevenção de riscos (Luna-27)", acrescenta ainda.

A ESA já suspendeu diversas parcerias que desenvolvia com a Roscosmos, a agência espacial russa, por conta da guerra. A mais famosa delas era a segunda parte da missão ExoMars, prevista para ser lançada para Marte ainda neste ano. Na prática, apenas as parcerias na Estação Espacial Internacional (ISS) seguem sem sofrer nenhum tipo de interferência.

O anúncio da agência europeia vem um dia depois do presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitar o Cosmódromo de Vostochny e anunciar que o país estava pronto para retomar o programa Luna-25 e que fará o "lançamento da nave espacial automatizada e robótica" no prazo.

"A Rússia estará seguramente apta a levar adiante seu programa espacial também sob as sanções porque possui uma tecnologia avançada para realizá-lo", acrescentou. (ANSA).

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(*) Com informações da Agência ANSA