Review: air fryer 'conectada' é excelente, mas brilha mais fazendo o óbvio
O que você busca em uma air fryer? Geralmente, a resposta a essa pergunta envolve "praticidade" e "alimentação saudável" — características que fazem deste aparelho um dos queridinhos da cozinha.
Mas e se, além de tudo isso, você pudesse comandar o preparo daquela batata frita sequinha e crocante diretamente pelo seu celular? Ou por um comando de voz para a Alexa ou o Google Home? Essa é a proposta do lançamento da Philips Walita, a Airfryer High Connect.
Como o nome já entrega, o principal diferencial é a conexão com outros dispositivos. Tilt testou o produto e experimentou se, na prática, essas funções adicionais realmente fazem a diferença.
Fácil de lavar, fácil de guardar
Visualmente, a High Connect pouco se distingue de um modelo convencional, com formato vertical e cantos arredondados. Mas o primeiro diferencial está logo na "cara": um display digital sensível ao toque, que ocupa boa parte da frente do aparelho.
É nele que você verá informações como temperatura e tempo restante da operação. É uma baita vantagem em relação aos modelos tradicionais: você pode ajustar esses fatores de forma exata, sem depender de seletores analógicos menos precisos.
A cuba e o cesto podem ser separados ao pressionar um botão. O fundo da cuba não é plano: tem um desenho em relevo que lembra uma estrela. É parte de uma tecnologia chamada Rapid Air, que, segundo o fabricante, acelera a circulação de ar e melhora a eficiência do aparelho.
Já o cesto, ao contrário dos modelos mais simples da marca, é revestido de material antiaderente e com superfícies planas. A capacidade é de 4,6 litros, suficiente para fazer com tranquilidade refeições grandes para até três pessoas.
Juntas, cuba e cesto são o sonho de quem não aguenta mais lavar louça: a comida não gruda. A limpeza foi fácil mesmo quando preparei alimentos que soltam gordura, como frango a passarinho. A praticidade, afinal, não é só na hora de cozinhar.
Uma ressalva: pense com cuidado onde planeja usar sua High Connect. O cabo de energia é relativamente curto, com pouco menos de 80 cm. Por outro lado, ela é simples de guardar em amários. Parece grande, mas mede apenas 30 cm de altura, 31 cm de largura e 33 cm de profundidade.
Receitas no app
Se a air fryer estiver ao alcance da sua rede wi-fi, você tem duas opções para conectá-la. A primeira é por um aplicativo no celular, chamado NutriU. O pareamento é bem simples, totalmente guiado pelo app. Fica bem simples operar o aparelho só pelo smartphone.
O NutriU também traz receitas, com um passo-a-passo interativo bem útil para quem quiser ir além das batatas fritas ou pães de queijo. Nem todas são feitas exclusivamente na air fryr — por exemplo, uma salada vegetariana que envolve assar legumes na airfryer.
Já a conexão com assistentes digitais é um pouco mais trabalhosa. No teste, ela foi conectada à Alexa, da Amazon, e exigiu passos adicionais que, por vezes, precisaram ser refeitos. Demorou um pouco, mas deu certo no fim.
Uma vez conectada à sua rede, ao app e à assistente, nenhuma configuração adicional é necessária. A configuração não se perde mesmo quando você a tira da tomada.
Vale lembrar que, para a air fryer ser operada pelo celular, é preciso que ambos estejam na mesma rede de wi-fi.
Vale a pena?
Apesar de ser um diferencial interessante, a High Connect acaba sendo mais interessante por ter operação digital do que por se conectar a outros dispositivos.
Afinal, usar uma air fryer já exige que você vá até o aparelho para colocar alimentos. Você já vai ficar diante do painel para definir o tempo e a temperatura da fritura.
(Ainda mais porque, em muitos casos, usamos alimentos congelados, que não podem ficar dentro da cuba por muito tempo a ponto de justificar a facilidade de iniciar o funcionamento à distância via smartphone ou assistente.)
No fim, durante o teste da rotina do dia a dia, essas funções inteligentes acabaram sendo pouco usadas.
De resto, a High Connect foi muito bem. O cesto espaçoso, por exemplo, facilita o preparo — mesmo com porções mais generosas. O resultado final foi superior ao observado em outros modelos.
Outro sucesso no comparativo com a concorrência: o ruído de funcionamento é baixíssimo. Por vezes, precisei aproximar o ouvido para checar se ela estava funcionando mesmo.
Quem tem criança em casa pode apreciar também sua segurança. Caso aberta ainda em funcionamento, ela para de emitir ar quente, evitando acidentes.
O problema é mesmo o preço: R$ 1.709,89 para pagamento à vista no site da Polishop, vendedora oficial do modelo. É consideravelmente mais alto do que o das air fryers "offline". No final, acaba virando um produto de nicho, para quem está disposto a pagar a mais por um recurso que, na "vida real", não faz tanta diferença.
O UOL pode receber uma parcela das vendas pelos links recomendados neste conteúdo. Preços e ofertas da loja não influenciam os critérios de escolha editorial.
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