Pesquisa descobre origem para misteriosas emissões de rádio que se repetem
O som não propaga no vácuo, mas cientistas descobriram que planetas podem emitir um "barulho" específico quando explodem ou são fragmentados.
A pesquisa da Universidade de Nanjing, na China, considera que essa é a melhor hipótese para explicar as "rajadas rápidas de rádio" (conhecidas pela sigla em inglês, FRB), fenômeno astrofísico que vem sendo estudado desde 2007, quando foram descobertas.
As FRBs são uma dispersão de alta energia que se manifestam como um pulso de rádio com duração de milissegundos. Pela velocidade, são difíceis de serem detectadas. E, para aumentar o mistério, algumas acontecem uma única vez e outras se repetem.
Pouco ainda se sabe sobre suas origens. A conclusão dos astrônomos da Universidade de Nanjing, publicada no Astrophysics Journal, é uma das primeiras hipóteses viáveis.
Ela inclusive se encaixa em duas das FRBs mais conhecidas que se repetem. Uma registrada desde 2016, que ocorre aproximadamente a cada 160 dias; e outra, detectada recentemente, que ressurge a cada 16 dias.
E como seria essa destruição do planeta?
Segundo o pesquisador Yong-Feng Huang, as FRBs seriam resultado da interação de um planeta com uma estrela de nêutrons ultradensa no centro da sua órbita.
Caso esse planeta tenha uma órbita bastante elíptica ("ovalada"), haveria momentos de proximidade com essa estrela. A gravidade dela seria forte o suficiente para "deformar" o planeta e até arrancar fragmentos com alguns poucos quilômetros de largura, segundo cálculos do time de cientistas. Quando esses pedaços passassem pela radiação e partículas emitidas pela estrela, essa interação produziria fortes emissões de rádio - as FRBs.
Cada vez que o planeta chegasse nesse ponto da órbita, o fenômeno aconteceria novamente, daí algumas FRBs serem cíclicas.
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