Como deve funcionar o botão editar no Twitter? Vídeo mostra função em teste

O botão para editar publicações no Twitter pode estar próximo de virar realidade para os usuários. Na tarde de ontem (2), a blogueira de tecnologia Jane Wong, conhecida por trazer à tona novos recursos de aplicativos antes de serem lançados, publicou em sua conta na rede social um vídeo mostrando como a função — que já está em teste— funciona.

Segundo as imagens, o processo é bem simples. Ao acessar o menu de reticências, localizado no canto superior direito da postagem, a opção "editar tuíte" aparece entre as alternativas. Pelo que dá para ser observado no teste, a empresa estuda liberar a possibilidade de edição para textos e mídias (imagens, vídeos, GIFs, etc).

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Diferentemente de outras redes sociais, a função de editar conteúdo no Twitter contará com uma janela de tempo para que o usuário altere a publicação. Estima-se que essa possibilidade de mudança ficará disponível por 30 minutos depois do tuíte original publicado.

Transparência dos tuítes

Apesar de ser um recurso aguardado por muitos usuários da rede social, a transparência em relação ao momento em que o tuíte foi postado é um fator considerável. Para saber se a publicação foi alterada ou não, um pequeno botão com o termo "editado" aparecerá ao lado da hora e data informando que existiu a mudança.

Ao clicar nele, o usuário será direcionado para uma página que contará com o histórico de edição do tweet. Lá serão mostradas todas as versões anteriores deste post.

Identidade de um tuíte

É importante ressaltar que o Twitter busca tornar cada tuíte imutável. Ou seja, cada post terá seu próprio ID, que seria uma espécie de código de identidade, e nenhum deles será excluído da plataforma.

Segundo Wong a nova versão funcionará provavelmente a partir do seguinte exemplo:

• Donald Trump originalmente publica a palavra "covefe" (erro gramatical postado pelo então presidente dos EUA, em 2017). Os tuítes relacionados ao post recebem o ID #1, e os internautas passam a visualizar o ID #1;
• Então, Trump cria uma nova versão da mesma postagem escrevendo "café". A nova edição (tecnicamente um novo tuíte) recebe o código ID #2, enquanto o texto original (#1) se torna a primeira versão do tuíte;
• A partir disso, a postagem sinaliza que "há uma nova versão deste tuíte" para informar o registro da mudança.

A funcionalidade ainda está teste. Isso significa que pode ser diferente do esquema apresentado por Wong no futuro.

Ainda não há previsão de lançamento da ferramenta para os usuários da rede social.

Compra do Twitter por Elon Musk

O bilionário fundador da Tesla (carros elétricos) e SpaceX (aeroespacial) virou notícia nas últimas semanas diante da compra de 100% do Twitter em uma operação que pode girar em torno de US$ 44 bilhões. Pela primeira vez, uma rede com mais de 200 milhões de usuários terá um único dono.

Classificado como o homem mais rico do mundo em abril, Musk reúne em sua trajetória o perfil de visionário, inovador e polêmico ao mesmo tempo —ele já minimizou covid-19 e foi 'demitido' da Tesla.

O acordo para a aquisição do Twitter ainda precisa de aprovação dos órgãos regulatórios dos Estados Unidos, mas especialistas do mercado já tentam entender o que a possível confirmação do negócio representará em termos de impactos na economia, cultura e política.

Ao mesmo tempo que acham que a administração de Musk pode ser promissora, devido ao seu sucesso em outros ramos, existe a preocupação com o plano de relaxamento de políticas de moderação (com receio de que o discurso de ódio e fake news aumentem) e a perspectiva de um novo rumo para a rede social, podendo ser uma plataforma mais nichada e com menos propagandas.

*Com informações do The Verge.