Ao infinito e além: startup levanta US$ 13 milhões para minerar asteroides
Lembra do filme "Não Olhe para Cima", do final do ano passado, em que um bilionário quer extrair minerais de um asteroide em rota de colisão com a Terra? A vida imita a arte. Uma nova startup já levantou US$ 13 milhões em financiamento desde que foi fundada, em janeiro, para explorar a mineração de asteroides.
É a AstroForge, que já fechou parceria para "pegar carona" no foguete Falcon 9 da SpaceX (a empresa aeroespacial de Elon Musk) para realizar testes fora da Terra.
"Nossa missão real é trazer a mineração de asteroides do reino da ficção científica para o reino da realidade", disse Matt Gialich, cofundador e Presidente da AstroForge, para o site de notícias Space.
O foco está na coleta de metais do grupo da platina (PGMs), que têm diversas utilizações industriais. Por exemplo, o paládio, usado em conversores catalíticos - equipamento em veículos automotores que transforma gases poluentes em gases não tóxicos.
A extração desses tipos de PGMs ainda é problemática aqui na Terra, porque geram muita poluição. Explorar e refinar o metal dessas rochas espaciais diretamente no espaço pode ser uma solução mais sustentável e menos desgastante.
Data de lançamento marcada
Sediada na Califórnia, a AstroForge iniciou publicamente suas operações nesta quinta-feira (26).
Por enquanto, a tecnologia de refino de metais dos asteroides foi executada apenas em laboratório, mas a data para os teste prático já está marcada: o lançamento do Falcon 9 está previsto para janeiro de 2023.
Nesse primeiro teste, o equipamento AstroForge 6U pretende extrair a platina de uma amostra que ele transportará para a órbita. Essa espaçonave da startup está sendo construída por uma empresa especializada em satélites, a OrbAstro.
Água ou metal?
Outras empresas já se aventuraram a explorar asteroides na última década, mas eram voltadas principalmente para a extração de água. O plano era conseguir separar quimicamente os elementos de hidrogênio e oxigênio para gerar combustível que reabasteceria foguetes durante suas trajetórias no espaço.
No entanto, a missão foi muito desafiadora na época e as empresas acabaram encerrando as atividades ou alterando seus planos.
Esse histórico, porém, parece não intimidar a AstroForge.
"Precisamos ir rápido e estamos dispostos a correr mais riscos. [...] Sabemos que teremos alguns fracassos ao longo do caminho e damos boas-vindas a eles. É assim que aprendemos", afirmou Gialich.
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