Metaverso deve atrair bilhões, mas precisa ter usos práticos para convencer
Ainda que projeções do mercado mostrem que soluções dentro do metaverso possam movimentar US$ 800 bilhões de dólares até 2024, a maioria dos recursos necessários para a integração desses mundos virtuais ainda está longe de virar realidade.
Para tornar o metaverso algo do dia a dia, será preciso convencer os consumidores de suas aplicações práticas, e elas estão ligadas diretamente a oferta de melhores experiências para as pessoas. Caso contrário, esse ramo da inovação tecnológica perderá seu propósito.
É o que acredita o especialista em gestão de produtos digitais e inovação Álvaro Gabriele, que participou da palestra "UX e Metaverso" durante o primeiro dia da conferência The Developer's Conference (TDC) Innovation, um dos eventos mais importantes da América Latina, voltado especialmente para profissionais do mercado de tecnologia.
"Estamos acostumados a usar celulares e aplicativos, mas não carteiras digitais e comandos de voz. Imagina óculos 3D! É aí onde entra o design e a experiência do usuário", ressaltou.
Segundo o especialista, a experiência do usuário — conhecida como UX— é uma área que está diretamente vinculada ao novo universo que surge a partir da integração entre o mundo físico e o digital.
"Se olharmos com mais atenção para as tecnologias, as plataformas e os dispositivos, percebemos que ainda circulam de maneira muito separada. O mais importante do metaverso é entender como conectar esses pontos, ter um propósito mais focado. Porque a jornada tem que se adaptar aos pontos conectados", explicou o designer de produtos.
Integração, interação e imersão
Para uma experiência completa dentro do ambiente do metaverso, Álvaro Gabriele defende a necessidade de o trabalho ser feito em três pilares principais: integração, interação e imersão —que é o ponto essencial do metaverso: fazer com que as pessoas usem o ambiente virtual como se estivessem lá dentro fisicamente.
"Se eu não tenho interface no ambiente e o usuário não interage com o contexto, as informações são apenas elementos espaciais. Se existe imersão, mas não tem interação, é uma imersão superficial", explicou.
Para ele, criar uma jornada dentro da experiência do consumo é o principal desafio dos profissionais que atuam na área de UX. Sendo assim, carteiras digitais, óculos 3D, criptomoedas, NFTs (registros únicos digitais), machine learning (inteligência artificial capaz de aprender sozinha), entre outras tecnologias, precisam ser desenvolvidas com isso em mente.
Depois de um período 100% virtual por causa da covid-19, a TDC Innovation neste ano acontece no formato híbrido, ou seja, é possível participar de maneira presencial, na capital catarinense, ou no formato online.
A conferência começa hoje e vai até sexta (3). A TDC foi criada para conectar palestrantes, empresas, profissionais e entusiastas para debater temas que estão em alta no mercado de tecnologia, possibilitando capacitação e troca de experiências entre todos.
Os participantes podem conferir 27 trilhas de conteúdo premium, pagas e segmentadas por Gestão de Produtos, API, Arquitetura Java, Devops, Inteligência Artificial e Machine Learning, UX, Data Science, entre outros assuntos. Também há a possibilidade de acessar os conteúdos gratuitos, via Community Pass, com 6 trilhas disponíveis.
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