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Como funciona o Proteus, 1º robô autônomo a trabalhar na Amazon; veja vídeo

Proteus, robô da Amazon que ajuda na logística - Reprodução/Amazon
Proteus, robô da Amazon que ajuda na logística Imagem: Reprodução/Amazon

Felipe Mendes

Colaboração para Tilt, em São Paulo

22/06/2022 11h07

A Amazon divulgou detalhes sobre como o seu primeiro robô totalmente autônomo funciona. Trata-se do Proteus, projetado para se movimentar por conta própria pelas instalações enquanto transporta carrinhos cheios de pacote —ele se parece com um robô aspirador de pó.

As informações, publicadas ontem (21) no site da Amazon, destacam como a tecnologia ajudou a empresa a melhorar suas rotinas para funcionários e clientes, além de relembrar os 10 anos da compra da empresa robótica Kiva.

Como o Proteus funciona

O robô autônomo usa tecnologia avançada de segurança, percepção e navegação para conseguir se locomover em meio aos funcionários.

Em vídeo divulgado pela Amazon, uma pessoa entra no caminho do robô e ele para imediatamente, esperando o deslocamento. É possível ver uma luz verde emitida pelo para a segurança dos funcionários. Assista:

Com essa tecnologia, a Amazon afirma que não é necessário colocar o Proteus apenas em áreas restritas. "Ele pode operar de uma maneira que aumenta a interação simples e segura entre tecnologia e pessoas —abrindo uma gama mais ampla de usos possíveis para ajudar nossos funcionários", diz a companhia.

O Proteus será implantado inicialmente nas áreas de manuseio de objetos que irão sair para os consumidores e estão nos centros de atendimento e classificação.

A ideia, segundo a Amazon, é reduzir a necessidade de as pessoas manusearem objetos pesados através das instalações.

Proteus, robô da Amazon que ajuda na logística - Divulgação/Amazon - Divulgação/Amazon
Proteus, robô da Amazon que ajuda na logística
Imagem: Divulgação/Amazon

Robô para reduzir lesões

A empresa também mostrou outro robô, chamado Cardinal, projetado com o intuito de reduzir o risco de lesões em funcionários.

A célula de trabalho do Cardinal usa inteligência artificial (IA) para selecionar os pacotes empilhados, o que traz "um tempo de processo mais rápido nas instalações", segundo a empresa.

O braço robótico tem a capacidade de pegar pacotes, ler os rótulos e colocar nos carrinhos para que sejam encaminhados para o próximo passo de envio.

A empresa está testando um protótipo do Cardinal para o manuseio de pacotes com mais de 22 quilos. Se tudo der certo, essa nova tecnologia será implantada nos centros de distribuição da empresa no ano que vem, diz a empresa.

Assista o Cardinal trabalhando:

10 anos de Kiva

A Amazon adquiriu a empresa Kiva Systems em 2012 por US$ 775 milhões com objetivo de melhorar a produtividade na cadeia de suprimentos. Na época, ela já possuía automação nos centros de distribuição. Mas o investimento foi feito apostando em evoluir o uso de robôs.

"A aquisição da Kiva foi uma grande aposta na previsão do papel que a inovação desempenharia para nos ajudar a atender às necessidades de nossos clientes e tornar o trabalho mais seguro, simples e produtivo para os funcionários. Foi uma jogada ousada e transformou nosso negócio", publicou a empresa.

A especulação era de que a Amazon teria como objetivo substituir pessoas por robôs na linha de distribuição, algo negado pela companhia.

A Amzon afirma que mais de 520 mil unidades de acionamento robótico estão espalhadas pelo mundo, o que teria gerado cerca de 1 milhão de empregos.

Em entrevista recente à Forbes, o líder da divisão robótica da empresa afirmou que "substituir pessoas por máquinas é apenas uma falácia".

No comunicado em que comemora 10 anos de compra da Kiva, a Amazon também afirmou que criou o AR ID (Amazon Robotics Identification — Identificação da Amazon Robotics, em português), um recurso com tecnologia de visão computacional e aprendizado de máquina para "facilitar a digitalização de pacotes em nossas instalações".

Atualmente, os trabalhadores precisam escanear códigos usando aparelhos manuais, mas essa nova tecnologia pretende eliminar essa etapa. Assim, os funcionários não precisariam mais fazer uma pausa enquanto classificam os pacotes, já que estes seriam reconhecidos por uma câmera que roda a 120 quadros e é alimentada pela IA.