Maior superlua do ano acontece amanhã; entenda o que é e como observar
A segunda e maior superlua de 2022 poderá ser observada a partir de amanhã (13). Também chamada de Superlua dos Cervos por algumas culturas, será mais uma ótima oportunidade para conferir o satélite em sua fase mais brilhante.
Qualquer pessoa conseguirá acompanhar, a olho nu, se as condições do tempo estiverem adequadas (com poucas nuvens no céu). Observatórios brasileiros também farão eventos para destacar o fenômeno, com telescópios e orientações de astrônomos, como o Planetário do Rio de Janeiro (RJ) e o Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini (SP).
Dicas para observar
A Lua cheia nascerá por volta das 17h30, a leste, junto com o pôr do Sol (que estará a oeste). Quem tiver uma vista desobstruída, poderá acompanhar os fenômenos, um em cada lado.
Ela ficará visível durante toda a noite, mas a primeira hora após o nascimento é o melhor momento para observar, pois a superlua poderá mostrar belas variações de tonalidade, amarelada, alaranjada ou até mesmo avermelhada, devido à interação com nossa atmosfera.
Também é quando ela parece enorme pois, próxima do horizonte, temos uma ilusão de óptica devido à perspectiva com referenciais terrestres, como prédios e árvores.
Repare que as melhores fotos sempre são assim. Quando ficar mais alta no céu, estará igualmente ou até mais brilhante — mas nos parecerá menor.
A noite de quinta-feira (14) também é uma boa oportunidade de observação, com nosso satélite ainda com 100% de iluminação. Ela nascerá um pouco mais tarde, por volta de 18h40.
Por que chama Superlua dos Cervos
Tradicionalmente, as Luas cheias costumam ser relacionadas a significados místicos — que não têm qualquer embasamento astronômico — e culturais. Tanto que povos nativos norte-americanos batizaram todas as Luas cheias do ano, associando-as a fenômenos naturais, como estações, plantas e animais.
A lua cheia de julho recebeu o nome de superlua dos cervos. Isso remete à época em que a galhada desse tipo de animal se regenera, no verão no hemisfério Norte (os chifres sempre caem no inverno, para aliviar o peso e porque se quebram em brigas, e crescem de novo no calor).
Da mesma forma, a sétima Lua cheia do ano é chamada "do Fantasma Faminto" por antigas tradições chinesas. Ela marca uma época em que espíritos podem se mover entre os mundos, retornando para onde foram mais felizes — uma espécie de Samahain ou Halloween.
Aqui no Brasil, com as estações invertidas em relação ao hemisfério Norte, a maioria desses nomes não faz sentido. De qualquer forma, são metáforas interessantes.
Veja o calendário das próximas Luas cheias de 2022 e seus principais apelidos:
- 11/8 - Lua do Esturjão (superlua*)
- 10/9 - Lua da Colheita
- 9/10 - Lua do Caçador
- 8/11 - Lua do Castor
- 8/12 - Lua Fria
O que é a superlua?
Superlua é um conceito um tanto polêmico, visto que não é uma designação astronômica, mas sim um nome popular.
O termo foi, originalmente, cunhado por um astrólogo, Richard Nolle, em 1979. Mas hoje, até a Nasa fala em superluas. Só não há regras oficiais para decidir qual se classifica como uma.
A superlua ocorre quando a Lua cheia coincide ou é bem próxima ao seu perigeu, momento do mês em que ela está mais perto da Terra. Isso faz com que ela apareça até 15% maior e 30% mais brilhante em nosso céu.
A Lua Cheia de julho estará a "apenas" 357.418 km da Terra (a mais próxima do ano), e o momento exato do perigeu é às 6h08 de 13 deste mês.
Para Nolle, a Lua Cheia precisa ocorrer em até 24 horas (antes ou depois) do momento exato do perigeu; assim, temos apenas duas este ano (junho e junho). Já alguns cientistas consideram apenas a distância como fator definidor; para o astrofísico Fred Espenak, as Luas de maio, junho, julho e agosto são "super".
Por que acontece?
Devido às influências gravitacionais, a órbita da Lua ao redor da Terra — bem como as dos planetas ao redor do Sol — não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse (uma espécie de oval).
Por isso, ela se afasta e se aproxima de nosso planeta durante essa movimentação. O ponto em que fica mais distante é chamado de apogeu (a cerca de 400 mil km); o mais próximo, perigeu (a cerca de 360 mil km).
O perigeu pode ocorrer em qualquer uma das fases; se coincide com a Lua Cheia, temos a tal superlua. Da mesma forma, uma Lua Cheia no apogeu pode ser chamada de "microlua".
Esse processo todo não é algo raro; ocorre todos os meses: a Lua demora aproximadamente 28 dias para dar uma volta completa na Terra, passando por suas quatro fases.
Na fase cheia, temos um alinhamento triplo: de um lado da Terra, o Sol; do lado oposto, a Lua, totalmente iluminada por influencia da estrela do nosso sistema solar.
*Com informações de Time and Date e AstroPixels
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