Netflix terá plano mais barato; confira 6 fatos para entender a mudança
A estratégia da Netflix para lançar um plano de assinatura mais barato e com propagandas ganhou um novo capítulo ontem (13). A empresa anunciou um acordo com a Microsoft, que será parceira global de vendas e tecnologia de publicidade da plataforma de streaming.
"É muito cedo e temos muito o que trabalhar. Mas nosso objetivo de longo prazo é claro. Mais opções para os consumidores e uma experiência de marca de TV premium e melhor do que linear para os anunciantes", afirmou o chefe de produto da Netflix, Greg Peters, em comunicado.
Confira a seguir seis fatos sobre a mudança e os motivos de a Netflix estar trilhando esse novo caminho.
1. Por que anúncios?
A Netflix já havia informado em abril deste ano que lançaria um plano mais barato.
Para isso ser possível, a decisão estratégica da empresa foi criar um tipo de assinatura com a possibilidade de anúncios publicitários serem exibidos durante o uso da plataforma de streaming.
2. Como o anúncio vai aparecer?
O comunicado antigo e o atual da Netflix não revelam detalhes sobre como essas propagandas vão aparecer para os consumidores. Ao que tudo indica, isso ainda está sendo desenvolvido.
O que se sabe é que apenas um dos planos terá publicidade. Os pacotes atuais — Básico, Padrão e Premium — continuam sem anúncios.
3. Quando o plano mais barato será lançado?
Ainda não há nada confirmado. Mas uma reportagem de maio do jornal New York Times aponta que isso deve acontecer ainda neste ano.
4. Qual é o papel da Microsoft?
A Microsoft funcionará como parceiro de venda das publicidades que serão veiculadas. "A Microsoft tem a capacidade comprovada de oferecer suporte a todas as nossas necessidades de publicidade enquanto trabalhamos juntos para criar uma nova oferta suportada por anúncios", destacou a Netflix, em seu comunicado.
Todos os anúncios veiculados na Netflix estarão disponíveis na plataforma da Microsoft. "O anúncio de hoje também endossa a abordagem de privacidade da Microsoft, que se baseia na proteção das informações dos clientes", disse Mikhail Parakhin, presidente de experiências na web da companhia.
Satya Nadella, presidente-executivo da companhia, comemorou publicamente a novidade. "Estamos muito felizes que a Netflix tenha selecionado a Microsoft como seu parceiro de vendas e tecnologia de publicidade", afirmou em seu perfil no Twitter.
5. Mudança para recuperar dinheiro e assinantes
O anúncio da Netflix chega menos de um mês depois de a empresa demitir 300 funcionários para ajustar as contas após uma perda considerável de assinantes.
De acordo com um relatório de resultados divulgado em abril pela Netflix, a empresa perdeu 200 mil assinantes durante o primeiro trimestre de 2022. No mesmo período, ela teve lucro líquido de US$ 1.597 bilhão, abaixo do US$ 1.706 bilhão alcançado nos três primeiros meses de 2021. Foi a primeira queda de assinantes em uma década
A maioria dos demitidos, 216, é dos escritórios de EUA e Canadá. Do total, 53 são da Europa, 30 da Ásia e 17 da América Latina.
Em maio, a plataforma de streaming já havia demitido 150 profissionais depois que as suas ações afundaram, quando os investidores perceberam que o crescimento havia estancado.
"Lamentamos não ter visto a nossa desaceleração antes, poderíamos ter assegurado um reajuste mais gradual do negócio", escreveram os fundadores da Netflix, Reed Hastings e Ted Sarandos, em texto enviado aos funcionários da empresa, segundo o jornal The Hollywood Reporter.
6. Cobrança de quem compartilha senha
Outro anúncio que mostra que a Netflix tem se mexido contra a queda de assinantes veio em março deste ano, quando a empresa afirmou que iria começar a aplicar taxas extras para quem compartilhar a assinatura da conta e não morar na mesma casa.
Nos testes — iniciados no Chile, na Costa Rica e no Peru —, a Netflix permite que os usuários dos planos do tipo padrão e premium paguem essa cota extra para adicionar até duas contas de acesso externo.
Os valores vão variar dependendo do país, com as taxas ficando entre US$ 2,12 (R$ 11,59 na conversão direta) e US$ 3 (R$ 16,40). No Brasil, ainda não há previsão de se e quando isso irá acontecer.
*Colaborou Bruna Souza Cruz, de Tilt em São Paulo
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.