Para concorrer com Samsung e Xiaomi, chinesa OPPO chega ao Brasil
A fabricante chinesa OPPO começará em breve a vender seu primeiro celular no Brasil: o Reno7, mais um modelo para disputar o mercado de smartphones intermediários premium.
Em anúncio sem muitos detalhes — como preço sugerido e a data de lançamento oficial, a fabricante afirmou que esta primeira aposta deve ser destacada por ter um valor mais acessível.
"Escolhemos o Reno7 para nossa estreia no Brasil por ser um dos produtos de grande sucesso em outros países", afirmou o presidente-executivo da empresa, Jim Zhang.
Quem é a OPPO no mercado de celulares?
A empresa é a quarta maior fabricante de celulares do mundo, atrás de Samsung, Apple e Xiaomi, segundo a consultoria de mercado Counterpoint. Mais de 500 milhões pessoas no mundo usam seus produtos.
A chegada ao Brasil vem após a estreia da OPPO na América Latina, com o início de uma operação local no México no fim de junho. A empresa vende oficialmente seus telefones na Colômbia, no Chile e no Peru.
Em 2018 houve rumores da chegada da marca ao mercado brasileiro, mas tratava-se de uma tentativa de um empresário de trazer aparelhos via Paraguai. Não era a presença oficial da empresa por aqui. Mesmo assim em marketplaces é possível achar produtos OPPO comercializados por representantes não-oficiais.
Como ela atuará no Brasil?
De acordo com companhia, a chegada ao Brasil não envolve, inicialmente, planos para fabricação nacional. A empresa irá importar todos os aparelhos da China.
"Notamos que, a cada ano, muitas pessoas compravam nossos smartphones por meio de agentes de compras ou compras internacionais. (...) Portanto, entramos no país para entregar diretamente nas mãos dos brasileiros ou de qualquer interessado", escreveu Zhang, em comunicado.
Dependendo do sucesso de vendas nesse início, smartphones mais potentes podem chegar ao país nos próximos meses, como os da linha Find X.
"O Brasil é um mercado-chave essencial para nosso crescimento e esperamos que nossas vendas aumentem 100% em um ano", acrescentou Zhang.
O que tem destaque no Reno7
O primeiro detalhe que chama a atenção é que o modelo não é compatível com 5G, nova rede de alta velocidade e baixa latência que está chegando às nossas capitais.
Apesar de não vir com a tecnologia de rede mais atual, o aparelho 4G entra na categoria de intermediário premium. Ou seja, possui algumas configurações vistas em celulares mais avançados.
A tela é de 6,4 polegadas (16,25 cm) com tecnologia Amoled e resolução Full HD+ (1.080 x 2.400 pixels). Uma das vantagens é a taxa de atualização de 90Hz, que promete transição de imagens mais fluídas. A média da maioria dos telefones no mercado ainda é de 60 Hz (quanto maior o número, melhor).
O telefone trabalha com o processador Snapdragon 680, o mesmo do concorrente Realme 9, também de fabricante chinesa (ele chegou custando R$ 2.999).
Um destaque interessante é a possibilidade de expandir a memória RAM (que ajuda no desempenho), algo novo no mercado. Será interessante ver como isso funcionará na prática.
O conjunto de câmera principal, com sensor principal de 64 MP e outro para fazer o efeito modo retrato (desfoque de fundo). A câmera frontal é de 32 MP e foi desenvolvida em parceria com a Sony.
Na Índia, Reno7 é comercializado por cerca de R$ 1.800.
OPPO começou fazendo Blu-ray e MP3 player
A OPPO é uma empresa pertencente ao conglomerado chinês BBK Electronics, que também é dono de marcas como OnePlus, Vivo (não confundir com a operadora de origem espanhola) e Realme (já disponível no Brasil).
A marca foi lançada em 2004. Apesar de ser conhecida pelos smartphones, a companhia fundada em Guangdong, na China, começou fazendo tocadores de Blu-ray, fones de ouvido tocadores de MP3.
Com o tempo, mudou o foco e passou a fazer celulares, cujo primeiro modelo só foi lançado em 2008 e era chamado A103 Smiley.
Legado de inovações: tela retrátil e carregamento rápido
A companhia é conhecida por apresentar inovações na fabricação de smartphones — dizem ter registro de mais de 65 mil patentes relacionadas a eletrônicos de consumo. Com alguma frequência, a OPPO mostra protótipos de celulares com recursos ou formatos bem distintos.
No ano passado, por exemplo, a empresa apresentou o OPPO X 2021, um celular cuja tela é expansível — para aumentá-la, basta "desenrolar" a tela. O aparelho também pode ser recarregado pelo ar.
Durante a feira Mobile World Congress, em Barcelona (Espanha), neste ano, a fabricante chinesa apresentou o primeiro carregador de celular de 240W, capaz de ir 0 a 100% em 9 minutos.
Apesar das demonstrações citadas acima, nem sempre os produtos com as novidades são disponibilizados no mercado logo após a apresentação.
Os smartphones da OPPO têm uma personalização do sistema Android chamada ColorOS — que conta com interações por meio de gestos — e permite a criação de emojis personalizados.
Fora isso, os telefones da marca, sobretudo os top de linha, são conhecidos pela qualidade de câmera e carregamento rápido. O OPPO Find X5 Pro, o mais sofisticado até o momento da OPPO , tem um carregador de 80W, que vai de 0 a 50% em 12 minutos.
Ficha técnica do Reno7
- Tela: 6,4 polegadas Amoled Full HD+ (1.080 x 2.400 pixels) com taxa de atualização de 90Hz
- Bateria: 4.500 mAh com suporte a carregamento super-rápido de 33W
- Câmera Frontal: 32 MP (f/2.4)
- Câmera Traseira: 64 MP (f/1.7) + 2 MP (f/3.3) + 2 MP (f/2.4)
- Sistema Operacional: ColorOS 12, baseado em Android 12
- Processador: Snapdragon 680 4G Qualcomm SM6225
- Memória RAM: 6 GB (expansível em mais 5GB, para até 11 GB)
- Armazenamento Interno: 128 GB ou 256 GB
*Com texto de Guilherme Tagiaroli.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.