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Mão robótica consegue levantar mil vezes o próprio peso; veja o vídeo

Músculos artificiais são formados por membranas de resina - Corrado De Pascali et al.
Músculos artificiais são formados por membranas de resina Imagem: Corrado De Pascali et al.

Marcella Duarte

Colaboração para Tilt*, em São Paulo

28/07/2022 12h31

Cientistas italianos desenvolveram o protótipo de uma mão robótica, com músculos artificiais flexíveis, que consegue se movimentar com precisão e levantar até mil vezes o próprio peso.

Tecnologias como essas podem ajudar no desenvolvimento de próteses superfortes e realistas, ou até de robôs parecidos com humanos.

Os resultados da pesquisa foram foram publicados no jornal Science Robotics.

Os músculos, na verdade, são pequenos atuadores — componentes que convertem energia em movimentos. Chamados GRACEs (GeometRy-based Actuators that Contract and Elongate ou algo como "atuadores baseados em geometria que se contraem e alongam"), são membranas macias que inflam e desinflam.

Eles são criados por impressão 3D, com um material de resina flexível, que permite que ajam como um músculo. Diversos GRACEs, de 18 tamanhos diferentes, foram combinados para formar uma mão, com dedos e pulso, regida por um modelo matemático criado pelos pesquisadores.

Nos testes, um atuador de apenas 8 g conseguiu levantar 8 kg, mantendo movimentos humanoides.

Ao aplicar pressão nas diferentes membranas, a mão pode dobrar os dedos, torcer a palma e girar no pulso.

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Protótipo conseguiu levantar peso, mantendo a suavidade e precisão dos movimentos humanos
Imagem: Corrado De Pascali et al.

Os atuadores GRACE são diferentes das gerações anteriores de músculos artificiais, pois suas membranas incluem pregas que se dobram e se desdobram, dando a eles mais força e amplitude de movimentos. Uma das inovações é a escolha de uma resina flexível — até então, eram usados materiais mais rígidos.

"Partimos do músculo artificial tradicional e desenvolvemos uma nova classe de músculos artificiais, feitos de um único componente monolítico", declarou o autor principal, Corrado De Pascali, do Instituto Italiano de Tecnologia.

*Com informações de New Scientist