Como as operadoras vão cobrar pelo 5G? Você terá de pagar a mais?
Com a chegada do 5G em mais três capitais hoje (29), as principais operadoras de telefonia no país estão consolidando sua estratégia para esse novo mercado. A boa notícia para o consumidor é que, por enquanto, os preços da maioria dos pacotes deve permanecer o mesmo. Mas isso pode mudar conforme mais cidades receberem essa nova tecnologia.
O 5G é uma nova faixa de transmissão de dados com velocidade até 20 vezes maior que a do 4G. Com ele, será possível baixar um filme em menos de 1 minuto, por exemplo.
Para entender os pacotes de cada operadora, é preciso saber as diferenças na infraestrutura que suporta o 5G. São elas:
- 5G DSS: usa equipamento (e faixas de frequências) do 4G para oferecer internet mais rápida (na casa dos 100 Mbps). As principais operadoras já oferecem esta modalidade em diversas cidades desde 2020.
- 5G NSA (Non Standalone): usa frequência de 5G e utiliza parte central da rede 4G. Oferece internet rápida, mas não tem latência tão baixa (menor tempo de resposta entre comando e execução)
- 5G SA (Standalone) ou "puro sangue": usa frequência de uma infraestrutura dedicada apenas ao 5G. É a versão que oferece os principais benefícios, como internet super-rápida e latência baixa.
Em todas as cidades brasileiras, as operadoras terão redes híbridas, com NSA e SA.
Claro: 5G NSA gratuito
Por enquanto, clientes da operadora não devem pagar a mais para ter acesso ao 5G, tanto nos planos pré-pagos como nos pós. Nas cidades de BH, João Pessoa e Porto Alegre, que receberam o 5G hoje, a rede é NSA.
A empresa diz que também tem implementado redes SA, uma exigência da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) no leilão do 5G. Mas, em um primeiro momento, esta tecnologia será oferecida para aplicações industriais e agrícolas.
Para ter o 5G "puro sangue", usuários comuns poderão contratar separadamente planos desse tipo, a serem lançados conforme a implementação da nova tecnologia avançar.
"As principais aplicações, como Netflix, YouTube, Uber, foram desenvolvidas para funcionar no 4G. Então, a alta velocidade do 5G NSA é mais que o suficiente. Quando tivermos aplicações que usam baixa latência, fará sentido para o consumidor ter 5G SA", afirmou Márcio Carvalho, diretor de marketing da Claro, na estreia do 5G em Brasília.
"Se lançássemos 5G SA para os consumidores, eles pagariam mais caro por algo que ainda não tem aplicações específicas", acrescentou.
A Claro tem uma lista de telefones compatíveis com o 5G+. Entre eles, modelos como Galaxy S22, Moto G71 5G, todos os iPhones 12 e iPhones 13, e Nokia G50.
Para alguns aparelhos, como Moto Edge 20, Moto Edge 30, Galaxy S21 e Galaxy Z Fold 3, a operadora recomenda a troca por um chip novo (SIM card).
TIM: parte gratuita e outra parte paga
Por enquanto, nas três novas cidades, clientes da TIM poderão navegar em redes 5G NSA gratuitamente.
Para usar a rede 5G SA (ou "puro sangue"), clientes dos planos Tim Black e Tim Black Família deverão contratar um "booster" de R$ 20 mensais via app Meu TIM.
Ele dará direito a 50 GB de dados a mais, além de navegação ilimitada na plataforma de transmissões Twitch. A operadora afirma acrescentará mais benefícios nesse pacote futuramente, como acesso à plataforma de jogos pela nuvem AWG, que tem títulos como Fortnite, eFootball, Elder Ring e GTA V.
Novos clientes desses planos não precisarão pagar a mais e terão o benefício sem custo adicional por 12 meses.
Segundo a operadora, donos de smartphones 5G da Samsung e da Motorola não precisam trocar de chip para usar a nova tecnologia.
Vivo: 5G NSA gratuito
Como a Claro, a operadora não cobrará o uso das suas redes NSA. Mas quem quiser navegar em uma rede 5G SA da Vivo deverá adquirir um chip novo.
A operadora informou ainda que em seu portfólio conta com 47 aparelhos homologados compatíveis, tanto na frequência de 3,5 GHz quanto na de 2,3 GHz.
Para obter mais informações, a Vivo tem um site falando sobre sua cobertura 5G.
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