Afinal, o 5G vai aumentar a velocidade? Tem outras vantagens?
As redes 5G estão começando a ser ativadas no Brasil e uma das principais dúvidas é sobre seus benefícios. O principal é a velocidade de download, mas não é só isso.
Entenda em detalhes:
Alta velocidade
- O 5G é tecnicamente capaz de alcançar velocidades na casa dos gigabits por segundo (Gb/s). Um teste do ano passado chegou a 1,8 Gb/s, podendo baixar um arquivo de 1 GB em 5 segundos.
- A velocidade real, porém, deve ficar bem abaixo disso, conforme mais pessoas utilizarem a rede. Ela deve se estabilizar no mesmo nível de uma banda larga fixa - cerca de 100 a 300 Mb/s (megabits por segundo).
- Em Brasília, por exemplo, a rede da Tim alcançou 400 Mb/s. Um arquivo de 1 GB seria baixado em 20 segundos. Mas houve relatos de 500 Mb/s e também de apenas 100 Mb/s.
- Só para comparar, hoje a velocidade média do 4G é 22,77 Mb/s, segundo um levantamento da SpeedTest. O download de um arquivo de 1 GB levaria 5 minutos e 35 segundos.
- Na Coreia do Sul, país pioneiro no 5G, a velocidade média em 2021 foi de 129,7 Mb/s, segundo levantamento da OpenSignal. Nos EUA, a taxa foi de 93,9 Mb/s.
Baixa latência
- É o tempo de que leva entre você acionar um comando, ele ser transmitido pela rede, e executado em outra máquina (ou no seu próprio celular). Quanto mais baixo, melhor.
- O 5G promete latência entre 1 e 5 microssegundos. É algo imperceptível ao olho humano, mas essa precisão é essencial em outras aplicações do 5G.
- Só para comparar, a latência no 4G é de 80 microssegundos. Ou seja, no mínimo 16 vezes pior.
- A baixa latência não fará muita diferença na vida do consumidor comum, exceto para quem joga games competitivos online no celular. Mas ela terá grande impacto em vários segmentos da economia e da sociedade.
- Ela permite avanços tecnológicos, por exemplo, na saúde. Um cirurgião poderá operar à distância, ou via realidade virtual, sabendo que a máquina repetirá seus comandos praticamente ao mesmo tempo.
- Ela também será essencial na coordenação de máquinas robotizadas na produção industrial. Ou no tráfego de carros autônomos (sem motoristas). Ou na redistribuição de energia elétrica, em tempo real, de acordo com as necessidades da rede. As aplicações são inúmeras.
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