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Metaverso do Facebook é alvo de críticas por design ruim: "Second Life"

Imagem do Horizon World postada por Mark Zuckerberg. Plataforma foi criticada por seu design rudimentar - Reprodução/ Facebook
Imagem do Horizon World postada por Mark Zuckerberg. Plataforma foi criticada por seu design rudimentar Imagem: Reprodução/ Facebook

Simone Machado

Colaboração para Tilt*, em São José do Rio Preto (SP)

18/08/2022 13h24Atualizada em 18/08/2022 18h57

Mark Zuckerberg foi duramente criticado no Twitter após o lançamento do Horizon World, a plataforma de rede social em realidade virtual da Meta (dona do Facebook), na Espanha e na França. A plataforma foi lançada anteontem nos dois países e não agradou ao público, que não poupou críticas ao seu "design feio".

O CEO da Meta postou uma captura de tela do Horizon Worlds no Facebook comemorando o lançamento do jogo nos países europeus. A imagem mostra o avatar de Zuckerberg em uma paisagem praticamente vazia, com apenas uma pequena versão da Torre Eiffel e da Catedral da Sagrada Família, de Barcelona.

A imagem chamou a atenção dos internautas, que não pouparam críticas ao design do metaverso criado pela empresa do norte-americano e ainda compararam o Horizon World a uma versão "piorada" do jogo Second Life (jogo que simula a vida real e social através da interação entre avatares, criado em 1999).

"O Horizon Worlds foi lançado na França e na Espanha com um avatar VR assustadoramente feio. O metaverso da Meta certamente está morrendo no escuro", disse um internauta.

Kevin Roose, jornalista do New York Times, tuitou que os gráficos da plataforma parecem piores do que "de games do Nintendo Wii, de 2008", apesar de a empresa ter gasto mais de US$ 10 bilhões em realidade virtual no ano passado.

E as críticas não pararam.

"Venha trabalhar para a Meta, onde os tecnologistas mais brilhantes do dia atingiram níveis gráficos de 1995", escreveu a cientista de dados Emily Gorcenski.

Em matéria da Forbes, o crítico de games Paul Tassi classificou a aparência do Horizon World como a pior já vista por ele.

"Dentro de VR (realidade virtual), o Horizon Worlds é uma das ofertas de pior aparência que já vi e pensar que Meta gastou US$ 10 bilhões no seu Horizon World", disse.

"O problema é bastante óbvio. Se você é um investidor, e você tem o chefe da empresa dizendo que o metaverso é o futuro, a Meta tem um grande papel a desempenhar nele, e então eles continuam procriando coisas que parecem piores do que o PlayStation Home em 2008, eu não sei como você [investidor] teria alguma confiança nessa visão, ou nessa pessoa", escreveu Tassi.

Ainda segundo Tassi, Mark Zuckerberg está indo para o caminho errado em suas criações dentro do metaverso. E criticou também o fato dos avatares do Horizon World não terem pernas, mesmo após cinco anos da criação da plataforma.

"Ele parece entender menos do que todos os seus concorrentes [sobre metaverso]. Isso não vai dar certo para ele ou Meta se ele continuar nesse caminho", acrescentou Tassi.

Horizon World

avatares - Divulgação/Meta - Divulgação/Meta
Metaverso: Avatares no Horizon Worlds, a plataforma de rede social em realidade virtual da Meta (ex-Facebook)
Imagem: Divulgação/Meta

Um dos projetos de longo prazo da empresa dona do Facebook, o Horizon Worlds é a principal aposta da Meta para o metaverso.

A plataforma de rede social em realidade virtual chegou aos EUA e Canadá no final do ano passado e em junho foi disponibilizada para o Reino Unido.

Uma das metas para a plataforma, segundo Zuckerberg é torná-la mais acessível ao público e que futuramente ela seja oferecida em uma versão web, sem a necessidade do uso de óculos de VR para acessá-la.

*Com informações da Forbes

Errata: este conteúdo foi atualizado
No parágrafo final, estava escrito o termo 'torna-la'. No contexto da frase, o correto é 'torná-la', com acento.