Fenômenos aéreos misteriosos: Nasa vai investir pesado para decifrar OVNIs
A Nasa está investindo pesado no estudo de OVNIs (ou UFOs, em inglês, os polêmicos objetos voadores não identificados). Um novo projeto, com orçamento inicial estimado em US$ 100 mil (cerca de R$ 520 mil), deve durar até 2023. O objetivo é avançar no entendimento destes fenômenos aéreos misteriosos e garantir a segurança aeroespacial — uma das atribuições da agência norte-americana.
A força-tarefa será liderada pelo astrofísico David Spergel, acompanhado por renomados cientistas internacionais. De acordo com a Nasa, relatórios serão divulgados publicamente — diferente da abordagem sigilosa do Pentágono.
Estamos sozinhos no universo?
Um OVNI não significa, necessariamente, um "disco voador", vida alienígena inteligente ou tecnologia extraterrestre avançada — a grande maioria das ocorrências tem explicação científica, como satélites, balões meteorológicos e até xixi de astronauta. Mas é um dos temas que mais intriga a humanidade há décadas.
O projeto da Nasa quer aplicar todas as ferramentas possíveis para esclarecer a natureza e a origem de fenômenos aéreos não identificados. O governo norte-americano possui diversos registros de luzes se movimentando pelo céu de maneira estranha.
Em uma reunião na última quarta-feira (17), a agência espacial disse estar correndo contra o tempo para conseguir cumprir o cronograma do estudo, de cerca de nove meses. "Estamos indo com força total", disse Daniel Evans, vice-administrador adjunto para pesquisa na Diretoria de Missões Científicas (SMD).
Equipe de cientistas
David Spergel, responsável pelo trabalho, é presidente da Simons Foundation em Nova York e, anteriormente, liderou o departamento de astrofísica da Universidade de Princeton, em Nova Jersey, Estados Unidos.
Ao seu lado está Daniel Evans, vice-administrador associado adjunto para pesquisa na Diretoria de Missões Científicas da Nasa, que servirá como oficial da Agência responsável por orquestrar o estudo.
Para completar, na linha de frente da pesquisa estão mais entre 15 a 17 profissionais: cientistas renomados, profissionais de dados e de inteligência artificial, especialistas em segurança aeroespacial. As nomeações devem ser publicadas até outubro deste ano, para então o projeto ser iniciado oficialmente.
"Temos acesso a uma ampla gama de observações da Terra a partir do espaço — e essa é a força vital da investigação científica. Temos as ferramentas e a equipe que podem nos ajudar a melhorar nossa compreensão do desconhecido. Esta é a própria definição do que é ciência. Isto é o que fazemos," disse Thomas Zurbuchen, administrador associado de ciência da sede da Nasa em Washington, em postagem oficial.
Divulgação aberta
A boa notícia para os entusiastas de OVNIs é que todos terão acesso às descobertas da equipe de cientistas da Nasa. Seguindo os princípios de abertura, transparência e integridade científica da agência, os relatórios serão compartilhados publicamente. "Levamos essa obrigação a sério e os tornamos facilmente acessíveis para qualquer pessoa ver ou estudar", afirmou Evans.
Vale lembrar que a Nasa está correndo por fora neste projeto independente, já que não faz parte da chamada "Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados", do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e nem do Grupo de Sincronização de Gerenciamento e Identificação de Objetos Aerotransportados. No entanto, as ações da agência espacial estão coordenadas com o governo norte-americano para a atuação científica.
*Com informações de Space e Nasa
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