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Raios atingem plataforma da Artemis às vésperas do lançamento; veja vídeos

Tempestade com raios sobre o Centro Espacial, onde estão o foguete SLS e a cápsula Orion, da missão Artemis 1, que deve ser lançada para a Lua amanhã (29) - John Kraus
Tempestade com raios sobre o Centro Espacial, onde estão o foguete SLS e a cápsula Orion, da missão Artemis 1, que deve ser lançada para a Lua amanhã (29) Imagem: John Kraus

Marcella Duarte

De Tilt, em São Paulo

28/08/2022 17h12Atualizada em 29/08/2022 08h38

Neste sábado (27), uma tempestade atingiu o Centro Espacial Kennedy (KSC), na costa da Flórida. Pelo menos três raios atingiram a área da plataforma 39B, onde está posicionado o foguete que levará a missão Artemis 1, da Nasa, até a Lua.

De acordo com a agência espacial, todos foram captados pelo sistema de proteção e não foram fortes o suficiente para causar danos. O lançamento segue previsto para amanhã (29), às 9h33 (horário de Brasília).

Veja momentos dos raios caindo e sendo desviados pelas torres da plataforma 39B:

A proteção é feita por três torres, de mais de 183 metros de altura, e uma rede de cabos, que redirecionam as descargas elétricas vindas do céu para longe dos equipamentos. O foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial), o mais poderoso da história da Nasa, está carregando a cápsula Orion, que fará uma viagem de 42 dias até a Lua e de volta à Terra.

Os controladores da missão estão trabalhando ininterruptamente, conferindo os sistemas e reavaliando as condições. Na segunda, há uma janela de duas horas para o lançamento — ou seja, pode acontecer até 11h33, caso haja alguma dificuldade técnica ou interferência climática. Caso algo impeça a decolagem, há duas datas backup: 2 e 5 de setembro.

Milhares de turistas estão se dirigindo para a Costa Espacial da Flórida; espera-se que entre 100 mil e 200 mil pessoas testemunhem o evento com seus próprios olhos. O lançamento também será transmitido ao vivo pela Nasa.

Esta é a primeira missão do ambicioso programa Artemis, que quer levar o ser humano de volta à Lua até 2025 — e, futuramente, a Marte. Esta primeira fase não terá astronautas a bordo, mas é altamente simbólica para a agência espacial norte-americana, cinquenta anos após o final do icônico programa Apollo — que levou 12 homens ao solo lunar, entre 1969 e em 1972.