Denúncias contra Twitter são 'trunfo' para Musk não comprar rede social
Parece que Elon Musk recebeu novas armas para a disputa jurídica com o Twitter. O bilionário usará as denúncias feitas pelo ex-chefe de segurança da rede social como um motivo a mais para não cumprir o acordo de compra da plataforma, avaliado em US$ 44 bilhões (R$ 221,7 bilhões).
Na semana passada, denúncias feitas pelo programador Peiter Zatko, ex-funcionário da empresa, vieram à tona, incluindo falhas de segurança da rede social, e alegações de que a plataforma não seria capaz de contabilizar quantos dos seus perfis são falsos — os chamados "bots". Zatko afirmou, inclusive, que o Twitter teria mentido sobre esse tema durante as negociações com Musk.
Nesta terça-feira (30), a equipe jurídica de Musk indicou que as "deficiências flagrantes" apontadas por Zatko no sistema de defesa da plataforma contra hackers e na proteção de privacidade dos usuários são uma prova de que o Twitter violou as condições acordadas com o empresário. Dessa forma, seria mais uma razão para que ele desistisse do negócio.
O Twitter, por sua vez, está processando Musk por entender que o caso de rescisão é "inválido e ilícito nos termos do acordo". Agora, com as revelações de Zatko, ambas as partes o intimaram para que deponha sobre as revelações que fez.
Na semana passada, quando suas acusações contra a rede social foram publicadas pela CNN e pelo jornal The Washington Post, um porta-voz do Twitter rebateu o ex-chefe de segurança da plataforma, alegando que as denúncias eram "cheias de inconsistências e imprecisões".
Por que isso mexe com o caso
O Twitter afirma que as contas de spam e bots na plataforma são menos de 5% do total de perfis. Musk, por sua vez, diz que não pretende consumar a compra da rede social porque a empresa não teria honrado os termos do acordo. No combinado, a rede social deveria fornecer informações precisas sobre o número de perfis falsos que atuam na rede.
A ideia do empresário, que teria motivado sua intenção de compra do Twitter, segundo o próprio, seria garantir uma "liberdade absoluta de expressão" na plataforma. Para isso, ele diz que seria necessário que os frequentadores do Twitter pudessem ser identificados na vida real. Ou seja, não haveria espaço para bots.
Além de Zatko, estão intimados no processo mais de uma centena de outros envolvidos, o que inclui pessoas físicas, bancos, fundos de investimento e outras instituições. O julgamento está marcado para começar no dia 17 de outubro.
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