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União Europeia quer que celulares garantam pelo menos 5 anos de atualização

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Imagem: Getty Images

Colaboração para Tilt, no Rio de Janeiro

05/09/2022 10h51Atualizada em 05/09/2022 13h05

Legisladores da União Europeia estão propondo novas regras para celulares e tablets vendidos na região: as empresas devem oferecer, pelo menos, cinco anos de atualizações de segurança e três anos de updates de sistema operacional.

Esse processo de atualizar o dispositivo é importante, pois as empresas corrigem erros de sistema, aumenta a proteção contra cibercriminosos e disponibiliza novos recursos para os consumidores.

Além disso, a proposta de lei se concentra também peças de reposição. Caso seja aprovado pela Comissão Europeia, as fabricantes terão que fornecer ao menos 15 componentes essenciais de reposição até cinco anos após o lançamento do aparelho — como bateria, carregadores, bandejas de cartão de memória e de chip telefônico.

A medida visa tornar a vida útil dos dispositivos mais longa e aparelhos mais duráveis.

Como funciona hoje

Até o momento, Samsung e Google (dona do Android) são as únicas empresas que oferecem cinco anos de atualizações de segurança, mas isso não vale para todos os dispositivos das marcas. Tradicionalmente, o mais comum é de três atualizações ou menos.

No caso da Samsung, ela oferece quatro atualizações do Android para os dispositivos premium (como a linha Galaxy S e Fold).

No caso do novo projeto de lei, todas as fabricantes de celulares e tablets seriam obrigadas a disponibilizar atualizações não apenas para os principais telefones, mas também para os dispositivos intermediários e básicos, que normalmente não recebem a mesma atenção.

Segundo o documento, "os dispositivos são frequentemente substituídos prematuramente pelos usuários e, no final de sua vida útil, não são suficientemente reutilizados ou reciclados, levando a um desperdício de recursos".

Baterias melhores

O projeto de regulamentação da UE também propõe que a capacidade da bateria do dispositivo "não deve se deteriorar após uma atualização de software do sistema operacional ou uma atualização de firmware quando medida com o mesmo padrão de teste originalmente usado para a declaração de conformidade".

Além disso, diz que "nenhuma alteração de desempenho deve ocorrer como resultado da rejeição da atualização, exceto para software de aplicativo de terceiros."

A Comissão Europeia atualmente recebe feedbacks sobre o projeto de lei. O prazo termina no dia 28 de setembro. Caso seja aprovado, discussões sobre mudanças parecidas podem envolver TVs, máquinas de lavar e outros eletrodomésticos.

*Com informações dos sites Gsmarena e PC Mag.